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Comitiva catarinense encerra intensa agenda no Japão e inicia atividades em Singapura

Japão catarinense

Reitores e pró-reitores de 19 Instituições de Ensino Superior do estado fazem parte do grupo que busca conexões internacionais no continente asiático.

Em uma intensa agenda de visitas em uma verdadeira imersão na cultura japonesa, a comitiva catarinense que participa da Missão Internacional liderada pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) e pela Associação Catarinense das Fundações Educacionais (Acafe) leva boas perspectivas de parcerias. Nesta segunda-feira (21/11) inicia a segunda etapa da viagem, desta vez buscando conexões em Singapura.

Na semana de atividades no Japão a comitiva catarinense visitou a Universidade Tecnológica de Tóquio, a Embaixada do Brasil na cidade, o Instituto Tecnológico da Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA), o Ministério da Educação, da Cultura, dos Esportes, da Ciência e da Tecnologia do Japão, a Universidade de Chukyo e a Universidade de Quioto, instituições com as quais foi possível iniciar conversas de parcerias em pesquisa e intercâmbio de alunos desde o nível de graduação até possibilidades de pós-doutorado.

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Estruturas de incentivo a startups que colocam o Japão entre os países que mais têm investido na área; inovações em armazenamento de acervos de biblioteca; estruturas de treinamento para excelência acadêmica aliada à excelência no esporte; cases de pesquisa e áreas nas quais é possível estreitar relações e promover colaborações entre pesquisadores.

A recepção presencial do grupo de lideranças das IES catarinenses, conforme a reitora da Unesc e vice-presidente da Acafe, Luciane Bisognin Ceretta, mostrou a forma como o país está, de fato, aberto a parcerias a partir da Missão.

“Este primeiro momento em Tóquio, Nagoya e Quioto no Japão foi fantástico. As experiências, a troca de conhecimentos, as vivências, as possibilidades de cooperação científica entre Santa Catarina por meio das universidades com as instituições do país já nos sinalizam muito positivamente. Estou muito certa de que ao retornar ao Brasil elaboramos cartas de compromisso e faremos as parcerias para ampliar a ciência, a tecnologia e inovação e os processos de ensino e pesquisa no nosso estado e no Brasil”, destacou.

A cada encontro novas conexões foram possibilitadas para o futuro que, para o reitor da Universidade do Planalto Catarinense (Uniplac), Kaio Henrique Coelho do Amarante, promete ser de grandes mudanças para a pesquisa catarinense.

“É um momento que o Japão está abrindo novamente suas fronteiras e as nossas universidades estão pensando em ampliar as suas conexões. Essa relação entre as universidades de Santa Catarina, do Japão e até mesmo o governo japonês tem muito a crescer. Percebemos alinhamento entre aquilo que acreditamos ser a linha a seguir e o que eles já vêm fazendo, então não temos dúvidas de que os próximos meses serão de muito trabalho de ainda mais aproximação, entendendo um futuro brilhante para os dois países”, pontuou.

Os resultados da missão, para o presidente da Fapesc, Fábio Holthausen, já se mostram extremamente promissores. “Essa é a etapa inicial de um processo de criação de relações dentro do ecossistema de pesquisa e inovação que irá gerar resultados com início das cooperações com impacto a longo prazo para a pesquisa e inovação em Santa Catarina. Será um novo momento”, aponta.

Recepção calorosa e case de inspiração

Na última das agendas, na sexta-feira (18/11) na Universidade de Quioto, a segunda maior do país, o grupo catarinense foi recebido pelo doutorando Matheus Mello. Natural de Florianópolis e egresso do curso de Física da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o jovem está há um ano no Japão por meio de uma bolsa após ter, de 2015 a 2016, cursado um ano de Física na Universidade de Nagoya com subsídio de uma bolsa do Governo Federal.

Destaque de iniciação científica desde o início da graduação, Matheus foi bolsista de mestrado por meio da Fapesc e diz que a educação mudou sua história de vida, garantindo estar disposto a apoiar e receber estudantes brasileiros interessados em seguir carreira na pesquisa.

“Vai ser um prazer poder, de alguma forma, ser ponte entre pesquisadores e grupos de pesquisa brasileiros com a Universidade de Quioto. O Japão tem uma qualidade de vida muito significativa e muitas portas abertas para a ciência, possibilitando que eu me dedique a ela com as condições necessárias para isso. O que eu puder fazer para isso, trocando ideias, incentivando e orientando, farei, pois sei que a educação transforma de verdade”, salientou, contando também sua parte de sua trajetória de vida e os caminhos percorridos até chegar no sonhado doutorado no país.

Após intensa agenda, no final de semana o grupo catarinense se deslocou para a segunda etapa da missão internacional. Nesta segunda-feira (21/11) a agenda em Singapura inicia com a visita à Universidade Tecnológica Nanyang, seguida de visita à startup 2DMsolutions.

Redação – Mayara Cardoso


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