No período de 15 de junho a 15 de setembro, não é permitida a manutenção de plantas vivas de soja em crescimento no território catarinense. O vazio sanitário surgiu para proteger da ferrugem asiática os cultivos de soja em Santa Catarina. Segundo o Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), não deve haver soja em estado vegetativo para que o fungo, que causa a ferrugem asiática, e seus esporos não consigam sobreviver e contaminar o próximo plantio.
“O vazio sanitário é muito importante para a manutenção do baixo potencial de transmissão da ferrugem asiática no início da próxima semeadura, contribuído assim para um estabelecimento uniforme das lavouras, com redução nas aplicações de agrotóxicos. Assim, é fundamental a sua adoção por todos os sojicultores do nosso estado”, ressalta o secretário adjunto da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Ricardo Miotto.
Cada estado do país pode estabelecer o período mais adequado para o vazio sanitário, de acordo com suas condições climáticas. No caso de Santa Catarina, o frio intenso que ocorre no inverno nas regiões produtoras, normalmente, elimina todas as plantas de soja. Contudo, se isso não ocorrer, é necessário o controle químico por meio de dessecação com herbicidas.
O vazio sanitário de Santa Catarina foi estabelecido pela Portaria nº 18/2017.
Soja em Santa Catarina
A produção de soja vem ganhando cada vez mais espaço em Santa Catarina e ocupando as áreas antes destinadas ao plantio de milho, pastagens e fruticultura. A área plantada no estado chegou a 669,3 mil hectares nesta safra e a expectativa é de uma colheita de 2,38 milhões de toneladas.
A soja é também importante na pauta de exportações catarinenses. Em 2018, o estado exportou 2,34 milhões de toneladas, um aumento de 900% em dez anos.