O oficialato da infância e juventude da comarca de Forquilhinha comemora os resultados que começam a surgir após sua adesão ao projeto Adinkras, que trabalha com mulheres vítimas de violência e suas filhas, com o objetivo de prevenir e combater todos os tipos de violência ou violação de direitos a partir de atendimento especializado pautado na psicologia analítica e na arte africana.
A metodologia Adinkras utiliza ideogramas africanos do povo Akan para incentivar as mulheres a escreverem suas histórias, divididas em quatro partes: a história da violência vivenciada; a vida após o rompimento do ciclo de violência; os sonhos para o futuro e como alcançá-los de forma efetiva. O projeto foi desenvolvido pela psicóloga Joseane Nazário, do Creas de Forquilhinha, e será apresentado no 4º Fórum de Direitos Humanos e Saúde Mental, que acontecerá na Universidade Federal da Bahia de 20 a 22 de junho deste ano.
“Nos atendimentos realizados no setor de oficialato da infância e juventude, após a participação das vítimas no Adinkras, percebemos uma mudança significativa no comportamento e na atitude das mulheres, com especial destaque para a elevação da autoestima, decisões, mudança de hábitos e autonomia financeira”, garante Anaira Zapelili, servidora lotada naquela unidade.
As mulheres, segundo ela, elogiaram muito o grupo e o projeto, com expectativa de sua ampliação ao longo deste ano.