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Com o “Dia D” da campanha contra a gripe, mais da metade da população dos grupos prioritários de SC já recebeu a vacina

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Neste sábado, 30, “Dia D” de mobilização da campanha nacional de vacinação contra a gripe, foi grande a procura às unidades de saúde da rede pública em todo o estado. Desde o dia 25 de abril, quando a campanha foi iniciada em Santa Catarina, 973.044 pessoas já foram vacinadas, conforme o balanço da Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde (Dive/SC).

Entre os grupos prioritários, em que se acompanha a cobertura vacinal (crianças entre 6 meses e 5 anos de idade, trabalhadores de saúde, gestantes, mulheres até 45 dias após o parto, indígenas e idosos), foram aplicadas 701.368 doses, o que equivale a uma cobertura de 55,3%. Outras 235.999 doses foram aplicadas em indivíduos portadores de doenças crônicas ou com condições clínicas especiais*. Como a estimativa é que existam 461.739 pessoas com comorbidades que devem ser imunizadas, já foram vacinadas 51% das pessoas pertencentes a este grupo.

“O balanço até o momento é positivo, o que demonstra que a população pertencente aos grupos prioritários está procurando se vacinar de forma antecipada. Por conta da grande procura pela vacina desde o início da campanha, alguns postos encerraram as atividades mais cedo neste sábado em Santa Catarina, a exemplo do que aconteceu em diversas cidades brasileiras”, informa Vanessa Vieira da Silva, gerente de Vigilância das Doenças Imunopreveníveis, Imunização e DTHA da Dive/SC. “Mas é importante lembrar que a campanha continua até o dia 20 de maio, e todos serão vacinados”, complementa Vanessa.

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Para antecipar o início da campanha para o dia 25 de abril, o Ministério da Saúde destinou 1,138 milhão de doses (equivalente a 60% do total), as quais foram distribuídas a todos os municípios. No último sábado, 30, foi encaminhado outro lote, contendo 180 mil doses (equivalente a 10%), que também já foi distribuído para as gerências Regionais de Saúde abastecerem os municípios.

Ao longo da semana, está prevista a entrega de mais um lote de vacinas por parte do Ministério da Saúde, o que garantirá a continuidade da campanha até o dia 20 de maio. “No entanto, é provável que os municípios encontrem dificuldade em abastecer todos os postos. Por isso, devem informar a população em quais postos estão disponíveis as doses, até a recomposição dos estoques”, alerta Vanessa. No total, o Ministério da Saúde destinará 1,759 milhão de doses para Santa Catarina.

Em Santa Catarina, os grupos prioritários que mais se vacinaram até o momento foram os idosos (62,0%) e as puérperas (59,2%), ou seja, as mães que deram a luz há menos de 45 dias. Os que menos buscaram a vacinação até agora foram as gestantes (40,2%). Para os indígenas, existem equipes específicas que estão realizando a vacinação nas aldeias. A meta do Ministério da Saúde alcançar uma cobertura vacinal de 80% nos grupos prioritários.

É importante que as pessoas portadoras de doenças crônicas e outras situações especiais busquem se vacinar contra a gripe. “Por conviverem anos nessa condição, sendo acompanhadas por clínicos, cuidando da saúde e tomando seus medicamentos em dia, essas pessoas podem esquecer que fazem parte do grupo mais suscetível a apresentar formas graves de gripe causada pelo vírus influenza e que, por isso, precisam se vacinar”, alerta Eduardo Macário, diretor da Dive/SC. “Mais do que importante, é fundamental que as pessoas que apresentem comorbidades se vacinem”, reforça o diretor.

Vale ressaltar que a vacinação é apenas um dos pilares do tripé de combate a gripe. Os outros são a prevenção e o tratamento. A prevenção é adotar as medidas de higiene e da chamada etiqueta da tosse, como lavar as mãos várias vezes ao dia, evitar locais fechados e com aglomerações de pessoas, cobrir o rosto com lenço descartável ou com o antebraço ao tossir e espirrar e manter os ambientes ventilados. O tratamento deve ser iniciado assim que forem identificados os primeiros sintomas da gripe, que são febre alta, tosse seca, dor de cabeça e dor de garganta.

“Além desses sintomas, se a pessoa apresentar falta de ar, confusão mental, vômitos e náuseas, deve procurar uma unidade de saúde o mais rápido possível, pois pode ser sinal de agravamento da doença”, enfatiza Eduardo Macário. Quando não tratada a tempo, a gripe pode evoluir para formas graves, como pneumonia, e levar à hospitalização e ao óbito. O tratamento é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde.

No site www.gripe.sc.gov.br, além de informações sobre a doença, as formas de prevenção e tratamento, há a lista completa das salas de vacina existentes em Santa Catarina, tanto da rede pública como das unidades privadas credenciadas pela Dive/SC para comercializar as vacinas.

*Indivíduos que apresentem pneumopatias (incluindo asma); cardiovasculopatias; nefropatias; hepatopatias; doenças hematológicas; distúrbios metabólicos; transtornos neurológicos e do desenvolvimento (como epilepsia, paralisia cerebral, síndrome de Down, entre outros); obesidade; imunossupressão associada a medicamentos; neoplasias; HIV/AIDS ou outros e pacientes com tuberculose, de todas as formas.

Francine Ferreira – Letícia Wilson / Patrícia Pozzo


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