O Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) divulgou que, entre 2000 e 2014, houve 1.792 mortes causadas por descargas elétricas de raios. Do total de vítimas, 1.467 eram homens. Segundo o ELAT, a probabilidade de um homem morrer por raio é 4,5 vezes maior que uma mulher.
Em média, duas a cada três mortes ocorreram durante atividades ao ar livre e 43% das mortes foram registradas na época de verão. A prática de atividades agropecuárias continua sendo a circunstância com maior número de vítimas: as mortes no campo representam 25% das vítimas fatais por raio no País, variando de 12% na região Norte a 25% na região Sul. As mortes dentro de casa, que representam 17% dos casos, estão em segundo lugar e variaram de 7% no Sudeste e Centro-Oeste a 21% no Nordeste.
A maioria das mortes acontece na região Sudeste (28%) e as outras quatro regiões estão empatadas (18%). São Paulo é o estado com maior número de vítimas, seguido por Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Pará, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás.
Em Santa Catarina, foram registradas 53 mortes nesse período; sendo 44 homens e nove mulheres. A faixa etária dessas vítimas variou entre 15 e 54 anos. As circunstâncias com maior número de casos foram, respectivamente, em atividades de agropecuária; em abrigo embaixo de árvore, dentro de casa, na praia, sob uma cobertura (toldo) e em campo de futebol.
Análises
Em 2015, 104 pessoas perderam a vida por conta dessas descargas. Análises preliminares indicam que 2016 o número de mortes deve ficar abaixo de 70 casos. Se confirmado, será o menor valor anual registrado desde o início do levantamento, em 2000. A média anual no período pesquisado foi de 111 mortes.
Previsão
O verão, que começou em 21 de dezembro, é a estação do ano com maior incidência de raios. Para esse verão, tomando por base as temperaturas dos oceanos Atlântico e Pacífico Sul, Equatorial e Norte, o ELAT prevê incidência de raios dentro da média histórica na região Norte e Centro-Oeste. Na região Nordeste, a incidência deve ficar até 10% abaixo da média histórica, enquanto nas regiões Sul e Sudeste a incidência pode ficar até 10% acima dessa média.