O Tribunal do Júri da comarca de Forquilhinha condenou, no fim da última semana, um homem a pena de 14 anos de reclusão pelo homicídio de Nely Fernandes Schuvinski, morta a facadas em um crime bárbaro registrado no município na noite do dia 27 de julho de 2017.
Segundo a denúncia, a mando do esposo da vítima, o homem condenado na última semana, juntamente com uma mulher, teria desferido múltiplos golpes de faca contra a mulher, que faleceu no local. Em outra sessão de júri popular, realizada em novembro do ano passado, o marido da vítima foi absolvido do crime e a mulher em questão, condenada a 16 anos de reclusão.
Na sessão da última semana, presidida pelo juiz substituto Guilherme Costa Cesconetto, o Conselho de Sentença reconheceu que o crime foi praticado com o emprego de meio cruel, haja vista que a vítima fora morta com múltiplos golpes de faca de fio cego e mediante esgorjamento, o que lhe causou intenso e desnecessário sofrimento.
Último réu julgado, o homem foi condenado por homicídio qualificado por emprego de meio cruel, a pena de 14 anos de reclusão, em regime inicial fechado. Ele também teve negado o direito de recorrer em liberdade.
O caso tramitou em segredo de justiça. Cabe recurso da decisão ao TJSC.
RELEMBRE O CASO
Nely Fernandes Schuvinski, de 57 anos, foi encontrada já em óbito pelo próprio marido na noite do dia 27 de julho de 2017, sobre a cama do quarto do casal, na residência localizada nas proximidades de um pesque e pague de propriedade do esposo, em Forquilhinha. Ela foi atingida por facadas no pescoço, queixo, tórax e braço e, da casa, havia sido levada uma quantia de R$ 5 mil.
Um ano e meio depois do ocorrido, em janeiro de 2019, a Polícia Civil de Forquilhinha prendeu preventivamente o marido da vítima, que foi apontado pelas investigações como mandante do crime. Além dele, outras duas pessoas também foram detidas por terem executado o homicídio.
Após a tramitação processual, em sessão de júri popular realizada em novembro de 2020, o Tribunal do Júri decidiu pela absolvição do marido de Nely, em votação secreta e por maioria de votos dos jurados. Na mesma oportunidade, a mulher apontada como uma das executoras do crime foi condenada.
Por fim, na última semana, o homem apontado como executor também recebeu sua condenação.