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Canetas especiais não identificam mais notas falsas de dinheiro

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Foto: Daniel Búrigo/A Tribuna

Polícia Federal orienta que, quem precisar, utilize a luz negra ao invés do marcador de texto.

A região carbonífera tem registrado inúmeros casos de moeda falsa nas últimas semanas e, por isso, o alerta a respeito do cuidado que as pessoas precisam ter ao manusear dinheiro se reforça. Conforme a Polícia Federal, a falsificação está mais presente nas notas de R$ 100, mas é preciso ter atenção redobrada em todos os valores.

Segundo o chefe da Polícia Federal em Criciúma, delegado Nelson Luiz Confortin Napp, o principal ponto que necessita de atenção é o fato que o holograma das notas os criminosos não conseguem falsificar. “O resto tudo estão falsificando. Inclusive, aquelas canetas especiais que costumavam mostrar quando o dinheiro não era verdadeiro, não funcionam mais. Os falsários evoluíram, estão colocando parafina nas notas, o que faz com que a tinta das canetas não penetre mais no papel”, alerta.

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Como qualquer pessoa está sujeita a receber uma nota falsa, o delegado solicita que todos prestem atenção e que, quem precisar conferir o dinheiro com frequência, que compre uma luz negra. “Ainda é uma boa forma de segurança e checagem, quem sabe uma das únicas nesse período que vivemos. Hoje em dia, com as redes sociais, essa circulação de moeda falsa tem aumentado consideravelmente”, completa Napp.

O chefe da Polícia Federal em Criciúma reforça que as investigações na busca por identificar os falsários é constante. “Inclusive, no ano passamos conseguimos, durante uma operação, apreender uma máquina de dinheiro falso e prender os envolvidos em flagrante, no município de Forquilhinha”, lembra.

Crime resulta em prisão e multa

Conforme o artigo 289 do Código Penal, falsificar, fabricando-a ou alterando-a, moeda metálica ou papel-moeda de curso legal no país ou no estrangeiro pode resultar em reclusão de três a doze anos, e multa. Tal penalidade está sujeita, também, para quem, por conta própria ou alheia, importa ou exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda ou introduz na circulação moeda falsa.

Já se a pessoa receber de boa-fé uma moeda falsa ou alterada, acreditando ser verdadeira, e a colocar novamente em circulação depois de conhecer a falsidade, é punido com detenção, de seis meses a dois anos, e multa.

“No entanto, se a pessoa receber a nota e descobrir que ela é falsa, recomendamos que procure a delegacia da Polícia Federal no mesmo momento e apresente espontaneamente o dinheiro. Dessa forma, não irá responder por nenhum crime e ainda estará nos ajudando na busca para descobrirmos quem são os fabricantes”, garante Napp.

COMO AVALIAR SE A NOTA É VERDADEIRA OU FALSA?

Cédulas da Primeira Família do Real (1994)

  1. Observe a marca d’água. Segure a cédula contra a luz, olhando para o lado que contém a numeração. Observe na área clara à esquerda, as figuras que representam a República ou a Bandeira Nacional, em tons que variam do claro ao escuro:
  • As cédulas de R$50,00 e R$100,00 da Primeira Família apresentam como marca d’água apenas a figura da República.
  • As cédulas de R$1,00, R$5,00 e R$10,00 da Primeira Família podem apresentar como marca d’água a figura da República ou a Bandeira Nacional.
  • A cédula de R$2,00 da Primeira Família apresenta como marca d’água apenas a figura da tartaruga marinha com o número 2.
  • A cédula de R$20,00 da Primeira Família apresenta como marca d’água apenas a figura do mico-leão-dourado com o número 20.
  1. Observando a frente da cédula da Primeira Família (lado que contém a numeração), olhe a partir do canto inferior esquerdo, colocando-a na altura dos olhos, sob luz natural abundante: ficarão visíveis as letras “B” e “C”.
  2. Observe a estrela do símbolo das Armas Nacionais nos dois lados da cédula da Primeira Família, o que está impresso em um lado deve se ajustar exatamente ao mesmo desenho do outro lado.
  3. Sinta com os dedos o papel e a impressão, porque o papel legítimo é menos liso que o comum.
  4. A impressão apresenta relevo na figura da República (efígie), onde está escrito “BANCO CENTRAL DO BRASIL” e nos números do valor da cédula da Primeira Família.

Cédulas da Segunda Família do Real (2010)

  1. Observe a Marca-d’Água. Segure a cédula contra a luz, olhando pela frente da nota (lado que contém a efígie), e observe na área clara à as figuras que representam os animais, em tons que variam do claro ao escuro:
  • R$50,00: figura da onça-pintada e número 50.
  • R$100,00: figura da garoupa e número 100.
  1. Descubra o Número Escondido: com a frente da nota na altura dos olhos, na posição horizontal, em um local com bastante luz, você vê aparecer o número indicativo do valor dentro do retângulo no lado direito da nota.
  2. Descubra a Faixa Holográfica: ao movimentar a nota, você vê, na faixa à esquerda da frente da cédula, os seguintes efeitos:
  • Na nota de R$50 da Segunda Família, o número 50 e a palavra REAIS se alternam, a figura da onça fica colorida, e na folha aparecem diversas cores em movimento.
  • Na nota de R$100 da Segunda Família, o número 100 e a palavra REAIS se alternam, a figura da garoupa fica colorida, e no coral aparecem diversas cores em movimento.
  1. Sinta o alto-relevo em algumas áreas da nota da Segunda Família.
  • Na frente: na legenda “REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL”, no numeral do canto inferior esquerdo, no numeral do canto superior direito (somente nas notas de 50 e 100 reais), e nas extremidades laterais da nota.
  • No verso (somente nas notas de 20, 50 e 100 reais): na legenda “BANCO CENTRAL DO BRASIL”, na figura do animal, e no numeral.

Por fim, sempre que possível, compare a cédula suspeita com outra que se tenha certeza ser verdadeira.

Francine Ferreira – Banco Central


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