A comunidade do bairro Nova York, em Forquilhinha, conheceu, na noite desta terça-feira, 10, os detalhes do projeto de um novo espaço social e comunitário a ser implantado no campo do clube União. O projeto completo de uma estrutura multiuso de convivência comunitária foi criado a partir de uma atividade de extensão, intitulada EMI (Projeto de Extensão Escritório Modelo de Assistência Técnica),realizada ao longo de todo o ano por professores e acadêmicos dos cursos de Arquitetura e Urbanismo, Engenharia de Agrimensura e Cartográfica e Engenharia Civil.
Ao longo de quatro encontros dos professores e acadêmicos com a comunidade foi possível fazer um levantamento sobre problemas e potencialidades do bairro, assim como sobre o tipo de estrutura que gostariam de ter à disposição, dados que foram compilados pela equipe e resultaram no projeto final. Entre os espaços planejados estão pista de caminhada, atletismo e ciclovia; quadra poliesportiva; quadras de futebol suíço, areia para vôlei, futebol e futevôlei; biblioteca com salas para cursos; sede da Associação de Moradores; playground adaptado para inclusão social; academia pública; quiosques; concha acústica, entre outros.
Conforme o professor coordenador do projeto, Jorge Luiz Vieira, a participação das famílias do bairro Nova York e dos vizinhos Ouro Negro e Vila Franca foram essenciais para que o projeto refletisse aquilo que, de fato, as comunidades querem e precisam. “No total serão aproximadamente 1.500 famílias beneficiadas com toda a estrutura contemplada, ou seja, um número bastante significativo de pessoas que poderá usufruir daquilo que a comunidade pensou em conjunto”, destacou.
Após a fase apresentação e finalização dos detalhes do trabalho, de acordo com Jorge, o projeto será entregue à prefeitura de Forquilhinha. “Essa será a contribuição da Universidade. Oferecer todo esse trabalho de reconhecimento e utilização da sua expertise para a formação de um projeto completo. A partir disso, o poder público irá orçar e ir em busca de recursos para tornar as ideias realidade”, completou.
A presença nos encontros e a participação na construção das ideias, conforme o representante do Coletivo Cultural Catavento, Leonardo Teixeira, deverá ter continuidade para as próximas etapas a serem encaradas. “Vamos ter a oportunidade de criar uma história diferente para esse espaço que hoje está subutilizado. Sabemos que será um longo processo, mas temos certeza de que, quando pronto, esse será um modelo para outras cidades e comunidades. Com união de esforço iremos em busca dos recursos para efetivar isso tudo”, salientou.
Para a moradora da comunidade Fátima Kopetz, o sentimento é de grande expectativa. “Fiz questão de acompanhar todos os encontros e de participar ativamente desse projeto que com certeza fará toda a diferença no nosso bairro. Acredito que vamos conseguir vê-lo se tornar real”, pontuou.
Lideranças comunitárias que lutam pelo bairro Nova York há décadas ou da nova geração que inicia agora sua trajetória, como José Waldir Cardoso e Nedir Marcelino, respectivamente, também veem com entusiasmo o futuro do campo do União. “Estive na criação do clube União e participei de diversas fases históricas do bairro. Quero continuar trabalhando em prol da nossa região e acredito muito nessa ideia construída”, garantiu.
Na visão de Nedir, mesmo sendo ousada a ideia pode sair do papel. “Queremos continuar o trabalho feito até então na comunidade e encararemos esse projeto que é grandioso, mas é possível”, completou.
O Projeto de Extensão conta com a parceria da Prefeitura Municipal de Forquilhinha, da Associação de Moradores do Bairro Nova York, do Coletivo Cultural Catavento e Labs Coopera e é vinculado ao Pehis (Programa Permanente de Extensão Habitat + Humano, Inclusivo e Sustentável) da Unesc. A ação conta com ainda colaboração dos professores Evelise Chemale Zancan, do Curso de Engenharia Civil, e Vanildo Rodrigues, do Curso de Engenharia de Agrimensura e Cartográfica e de alunos bolsistas e voluntários.