Nem mesmo o trajeto, de 7 quilômetros, e o intenso calor intimidaram os mais de 2 mil fiéis que participaram, na manhã deste domingo, 30, da Caminhada Vocacional promovida pela Diocese de Criciúma. Uma multidão animada, composta por pessoas de todas as idades, partiu, às 8h30min, da rótula de acesso ao bairro Rio Maina, em Criciúma, e caminhou até o Santuário Diocesano Nossa Senhora de Caravaggio, em Nova Veneza.
Motivado pelo assessor eclesiástico da Pastoral Vocacional, padre Antônio Madeira, além de padres, religiosas, seminaristas e leigos, o povo das 32 paróquias e santuário diocesano caminhou, entoando cantos junto ao Ministério de Música Voz Na Igreja.
“Vamos fazer esta caminhada, não como qualquer outra, mas como quem tem fé!”, pediu o bispo Dom Jacinto Inacio Flach, antes da partida dos romeiros. O coordenador diocesano de pastoral, padre Joel Sávio, salientou a campanha da Igreja no Brasil pela paz. “Precisamos de uma nova jornada, um novo deserto a ser vencido: o deserto da violência. Queremos rezar pela paz, para que nossa caminhada seja um encontro com o Senhor. Vamos também rezar pelos cristãos que não têm mais paz”, disse o padre.
Durante todo o percurso, cantos e orações eram precedidos por momentos de reflexão acerca da família, da vida em comunidade e do serviço a Deus e aos irmãos, especialmente na vida consagrada. “Esse momento é muito rico para nossa Igreja, quando todos, filhos e filhas de Deus, nos unimos como irmãos.
Esta caminhada renova nossa fé, pois é uma caminhada pessoal e comunitária. Nos fortalece ao ponto de dizermos, todos os dias, que ‘sim’, que somos família de Deus!”, exclama a religiosa da congregação das Irmãs Sacramentinas de Bérgamo, Irmã Liliane Brito.
Ao chegarem ao santuário mariano, os fiéis participaram da santa missa, presidida por Dom Jacinto e concelebrada por diversos padres. O bispo, mais uma vez, manifestou sua alegria pela diversidade de vocações na Diocese e afirmou ser a Caminhada Vocacional um dos grandes momentos do ano para a Igreja particular. “O que seria de uma Igreja que não sabe servir, que não sabe dar testemunho? Conversão é converter para o Senhor. Para isso, é preciso o testemunho de padres, de consagrados, de jovens, crianças, idosos, pais e mães de família. Para ser fiel à Igreja é necessário estar a serviço de Jesus Cristo. Esta Igreja que não quer apenas mostrar, mas dar seu testemunho, seu exemplo”, frisou o epíscopo, em sua homilia.
Dom Jacinto parabenizou todos que se empenham através do Serviço de Animação Vocacional e agradeceu aos que rezam pelas vocações. “Uma comunidade que não promove as vocações não tem direito a receber as bênçãos do Senhor”, advertiu. O bispo também falou da alegria sobre a presença e atuação das religiosas, tornando-se bênção para as comunidades. O final da celebração foi marcado pela homenagem a religiosas, seminaristas e agentes vocacionais.
Bibiana Pignatel Baesso