O Bangalô, de Sarah Jio, é um livro envolvente, mas que confunde sentimentos. Ao mesmo tempo em que é uma linda história de amor, tem acontecimentos que causam dúvidas e conflitos se as escolhas dos personagens foram as melhores opções ou não. Mas a autora escolheu o caminho a ser seguido por Anne e Westry e só nos resta torcer por este amor tão intenso.
A história começa nos dias atuais, quando Anne já idosa recebe uma carta misteriosa que pergunta sobre um assassinato que aconteceu em 1943 e a convida a retornar para Bora Bora, local que serviu como enfermeira durante a Segunda Guerra Mundial. Além dos horrores vividos, foi ali que conheceu o verdadeiro amor e as fugas para encontra-lo em um bangalô abandonado era seu refúgio, sua força para continuar seguindo em frente. Até o dia que os dois testemunham um assassinato e isso mudou a vida destes personagens.
Esta carta é entregue a Anne por sua neta Jennifer e estas poucas palavras foram tão fortes que reacenderam sentimentos adormecidos fazendo com que começasse a contar tudo o que viveu em sua juventude, tanto as coisas boas quanto as ruins.
O ano era 1942 e Anne era uma moça que já tinha seu futuro traçado, se casaria com Gerard, teria uma vida confortável, com filhos e tinha tudo para ser feliz. Só que sua amiga Kitty era diferente, uma moça aventureira e as duas decidiram servir como enfermeiras na Segunda Guerra Mundial. Seria por alguns meses, seu noivo esperaria por ela, e a vida seguiria o destino já traçado.
Mas chegando em Bora Bora, tudo é diferente do que esperava. Sua amiga Kitty se distancia, Anne conhece Westry, os dois encontram um bangalô abandonado e o deixam habitável para seus encontros e também para terem momentos de solidão, horas de tranquilidade. Ali Anne vive a felicidade, o amor, vive um segredo. E quando chega o dia de Anne voltar para sua vida, ela não consegue conversar com Westry, a despedida é cheia de dúvidas, então ela volta a procurá-lo depois de um tempo.
Neste momento do livro, quando contou tudo o que viveu na ilha, a narrativa volta para o presente e vários acontecimentos fazem todo o sentido e emocionam. Tudo o que Anne fez foi o que acreditava ser o melhor e seguiu sua vida confiando em suas escolhas e decisões. E o final do livro é cativante, a autora construiu um desfecho romântico e marcante.