Os bancários da Caixa Econômica de Criciúma intensificam a mobilização nesta quinta-feira, 7, às 10h30min, em frente a agência 415, na rua Santo Antônio, centro em defesa do banco como importante patrimônio do povo brasileiro. No protesto, que acontece nas agências de todo o país, serão colocadas faixas e entregues panfletos a população explicando a situação dos bancos que será convidada a abraçar a agência.
O ato é contra a intenção do governo Temer tornar o banco uma empresa de sociedade anônima, entre outras medidas promovidas pelo banco que prejudicam os funcionários e toda a sociedade. “Estamos vestindo as camisetas em defesa dos bancos públicos todas as quartas-feiras em nossa base desde o mês de outubro e precisamos ampliar à luta pela preservação do nosso patrimônio,” explica o presidente do Sindicato dos Bancários, Edegar Generoso.
O sindicalista explica que a Caixa é responsável por aproximadamente 70% da carteira de financiamento habitacional e o banco do Brasil tem participação semelhante na carteira de crédito agrícola voltado aos pequenos e médios produtores, os responsáveis pela produção dos alimentos que chegam às nossas mesas, além de financiamentos para os estudantes entre outros. “Os bancos privados não têm interesse neste tipo de carteira. Estão mais interessados no lucro do que em atender aos interesses da população”, pontua.
Rita Serrano, representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa, explicou que muitas das medidas que o banco está tomando são consequências da falta de capitalização do banco. “Todo o sistema financeiro tem necessidade de capitalização. Trata-se de uma regulamentação internacional do sistema financeiro. No caso da Caixa, o governo é o único cotista. Caberia a ele aportar os recursos. Mas, o governo não irá fazê-lo para inviabilizar o banco e suas ações. A consequência direta é o corte de crédito, que já está ocorrendo nos programas habitacionais, o fechamento de agências, entre outras medidas que atingem diretamente os funcionários e a população que mais precisa dos serviços da Caixa”, disse.