Números divulgados pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) revelam que Santa Catarina registrou queda no número de latrocínios (roubos seguido de morte) e aumento no número de homicídios dolosos no primeiro semestre de 2017 na comparação com o mesmo período de 2016.
De 1º de janeiro a 30 de junho foram registrados 504 assassinatos, contra 447 em 2016, uma variação de 11,4%. Já os latrocínios tiveram queda de 24,2%. Foram 25 casos este ano contra 33 em 2016.
Em 184 cidades de Santa Catarina a taxa de homicídios é zero – não houve registro de assassinato nestes municípios. A taxa de homicídios no Estado fechou no primeiro semestre com 12,3 mortes intencionais por 100 mil habitantes.
A cada ano, cerca de 60 mil pessoas são assassinadas no Brasil, o que equivale a uma taxa de 29 homicídios por 100 mil habitantes, números excepcionalmente altos para um país que não está em guerra, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
De acordo com o secretário César Augusto Grubba, o quadro geral em Santa Catarina apresenta números bem distanciados da realidade nacional, o que tem colocado o Estado em permanente condição de destaque.
“O aumento das taxas de homicídios neste primeiro semestre de 2017 está relacionado a disputas e desavenças entre integrantes de facções criminosas, motivadas principalmente por questões ligadas ao tráfico de drogas. É uma realidade observada em praticamente todos os Estados”, diz o secretário.
Ainda segundo ele, das 13 cidades com população acima dos 100 mil habitantes apenas três destoam das demais. Florianópolis, Joinville e Itajaí, com taxas superior a 10 mortes por 100 mil habitantes. “Nosso objetivo é preservar a posição privilegiada de SC como Estado com menores índices de violência do Brasil, figurando nas últimas posições do ranking de taxa 100 de homicídios”, observa Grubba.
Os crimes ocorreram com mais intensidade no Norte do Estado, com 128 ocorrências. Na sequência vem a região da Grande Florianópolis, com 124; Vale do Itajaí, com 116 registros; seguido do Oeste, com 61; Sul, com 48; e Planalto com 27 homicídios.
Ainda sobre homicídios, cerca de 70% das vítimas possuem antecedentes criminais. O mesmo percentual repete-se em relação aos autores de crimes, também invariavelmente identificados com passagens pregressas de prisão por tráfico e roubos.