Ivone Minatto (PSD) fez pronunciamento exaltado na sessão desta semana da Câmara de Vereadores de Forquilhinha.
A sessão da Câmara de Vereadores de Forquilhinha desta segunda-feira, 19, foi marcada por inúmeros pronunciamentos de revolta, mas um, em especial, chamou atenção de quem compareceu. Trata-se do momento em que a vereadora, Ivone Minatto (PSD), se dirigiu à Tribuna para fazer uma manifestação de repúdio contra algumas ações da Cooperativa de Extração de Carvão Mineral dos Trabalhadores de Criciúma (Cooperminas).
No pronunciamento, muitas vezes citando o nome do presidente da mineradora, Juliano Medeiros, Ivone retratou extrema indignação com o atraso no pagamento de salários, tanto dos próprios mineiros, quanto dos caminhoneiros terceirizados. “Eu fico indignada quando uma carbonífera não tem condições de pagar os mineiros há três meses; e 26 caminhões trabalhando dia e noite, puxando rejeito e carvão, há oito meses”, argumentou.
Segundo a vereadora, os 26 caminhoneiros estão endividados, e alguns a procuraram na segunda-feira, antes da sessão, porque segundo os próprios trabalhadores, eles haviam procurado a diretoria da carbonífera para tentar receber pelo menos um pagamento, e acabaram sendo expulsos do pátio da mineradora. “São 26 famílias que estão devendo nos postos de gasolina, nas farmácias, nos mercados, e até mesmo as prestações dos próprios caminhões”, completou Ivone.
Outro lado
Parte dos caminhoneiros terceirizados para transportar o carvão na Cooperminas realmente tiveram os serviços suspensos. No entanto, o presidente da mineradora, Juliano Medeiros, não soube precisar a quantidade, e nem quantos ainda permanecem trabalhando. “Alguns foram demitidos por contenção interna de gastos”, explicou.
Já o atraso no pagamento foi confirmado. “Os salários realmente estão atrasados, mas serão pagos juntamente com o dos mineiros nas próximas semanas. O valor necessário para isso foi conseguido com a venda da parte de um consórcio que a empresa tinha com outras carboníferas em Maracajá”, finalizou.