Escreva. Simples assim, ou nem tanto. Tanto faz. Mas, faça o que fazer, escreva.
Coloque no papel, rabisque no muro (cuidado!), não marque árvores.
Mas escreva, tão somente isso.
Escreva!
Não deixe a ideia fugir nem o tempo passar, porque ele vai passar, você vai ficar e a ideia vai fugir.
Um novo romance, uma nova epopeia, um novo negócio, a carta de alforria de uma nação ou uma nova religião, a descoberta de um sem fim de inúmeras coisas quaisquer. Escreva!
Não se atente aos erros de ortografia, de fonética, nem dê atenção às rimas. Siga o ritmo da sua inspiração!
Escreva!
Inspire!
Respire!
Digite!
Ou datilografe, eu que sei…vai saber?!
Escreva e não perca seu tempo! Escreva!
Se o teclado não for rápido o suficiente, não culpe seus dedos!
Escreva!
Uma ideia esquecida dificilmente retorna à vida, à sua vida. Como luz inspirada é refletida e no espaço da existência procura por outra vida, por outra mente ávida por sugestão.
Uma ideia, uma nítida semente, ou uma sombra de algo maior. Escreva, não lembrar é pior!
Talvez te demore um ano, um mês ou um mísero suspiro… lá se foi a inspiração.
A ideia perdida clama uma nova casa, um novo abraço, uma nova emoção!
Escreva, cedo ou tarde, ao pé da cama ou no pacote de pão.
Escreva! Mesmo que nada tenhas a dizer, diga não! E, em silêncio retraído, no seu canto cálido, teça uma grande revolução!
Se todas escadas começam com um degrau? Ah, vá, lá! Escada só degrau é! Assim como copo vazio também para em pé…e aí, vais deixar meio cheio ou meio vazio, também?
Qual é?
Escreva!
Tire os nós da cabeça e no papel estabeleça uma conexão:
“Aqui começam minhas ideias, tão livres de mim quanto eu livre delas!”
Escreva!