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Apelo emocionado: em Forquilhinha, mulheres clamam por uma sociedade mais segura

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Fotos: Carol Paris

Manifestação evidenciou a necessidade de mais políticas de combate à violência, em uma cidade que vem registrando inúmeros feminicídios

Um município de pouco mais de 27 mil habitantes, que tem registrado, ano a ano, diversos casos de feminicídio. É por conta deste cenário que, nesta semana, dezenas de pessoas se uniram em uma manifestação no Centro de Forquilhinha, clamando por uma sociedade mais segura para as mulheres.

A ação contou com a participação de familiares e amigos da sargento Regiane Miranda, assassinada pelo ex-companheiro há seis meses, no dia 13 de julho de 2020, e da servidora pública Aline Arns, vítima de feminicídio no dia 25 de dezembro do ano passado. Integrantes de grupos de combate à violência contra a mulher, bem como apoiadoras e apoiadores da causa, também reforçaram o coro.

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“A ideia do movimento surgiu já no ano passado, e no dia 25 de dezembro, quando aconteceu outro feminicídio no mesmo bairro onde a tia Regiane morava, sentimos que estávamos vivendo tudo de novo. E isso acontece cada vez que a gente vê uma notícia de que outro feminicídio aconteceu, seja no nosso estado ou país. Por isso, resolvemos fazer esse movimento em nossa cidade, porque a gente sabe que, no ano passado, por conta da pandemia, os casos aumentaram muito devido ao aumento da convivência das vítimas com os agressores”, afirma a jornalista Carol Paris, sobrinha da sargento Regiane.

Conforme Carol, a ação também visou reforçar o apelo à sociedade, principalmente aos órgãos públicos, para que criem políticas mais efetivas de combate à violência contra a mulher, que a cada ano que passa, tem levado mais e mais vítimas à morte. “E também um alerta para essas vítimas, reforçando que elas não estão sozinhas e podem pedir ajuda, porque existem outras mulheres prontas para auxiliar”, completa.

De forma geral, em torno de 50 pessoas participaram do protesto, que iniciou na Ponte Gabriel Arns e seguiu em marcha pela Avenida 25 de Julho, na área central de Forquilhinha. “Minha tia trabalhava à frente da guarnição Maria da Penha e, durante a manifestação, senti a presença dela muito forte o tempo todo. Acredito que ela estaria muito feliz em ver sua cidade se movimentando e organizando nessa luta, que era uma luta dela. Não vamos desistir nem deixar esse legado morrer, a voz dela vai ecoar sim”, garante a sobrinha de Regiane.

Após a manifestação, um grupo foi criado para seguir cobrando dos órgãos públicos mais leis de amparo às mulheres na região.

Inquérito

Além dos pedidos por uma sociedade mais segura, familiares da sargento Regiane também solicitaram celeridade na conclusão do inquérito policial relacionado ao assassinato da policial militar. Sobre o assunto, a Polícia Civil afirmou que ainda existem diligências a serem realizadas antes da conclusão das investigações.

Francine Ferreira

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