A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vai chamar representantes da Coopera e Celesc em Brasília, na tentativa de buscar uma solução para o impasse gerado por conta da área de atuação da cooperativa no interior de Criciúma, que por um acordo antigo deveria retornar à distribuidora até outubro deste ano.
“A Aneel não impõe soluções, nossa missão será ajudar a gerenciar a crise, pois existe um acordo antigo. Iremos solicitar que as partes entrem em um acordo para que os consumidores não sejam prejudicados. Vamos conduzir com clareza, se não obtivermos resultados, depois de esgotarmos todas as possibilidades, a próxima alternativa será os consumidores solicitarem a Aneel que não querem consumir a energia da Calesc e sim da Coopera e o pedido será encaminhado para analise da diretoria colegiada da Aneel”, enfatizou o superintendente de Concessões, Permissões e Autorizações de Transmissão e Distribuição da Aneel, Ivo Sechi Nazareno,
Mais de dois mil consumidores que serão afetados diretamente com o aumento de aproximadamente 45% na fatura de energia residencial e quase 100% nas empresas, caso a área passe a ser atendida pela Celesc. “O consumidor não pode ser prejudicado por um acordo antigo entre as partes. Devemos seguir o direito do consumidor e ele pode escolher qual energia quer consumir e óbvio, será a mais barata. Ninguém quer aumentar em quase 50% seu custo na energia”, ressaltou o deputado federal Ronaldo Benedet, que participou de uma audiência a respeito do assunto realizada nesta terça-feira, 10, em Brasília.
Os consumidores receberam uma notificação da Celesc que a partir de 15 de outubro desde ano migrarão para a Celesc. Preocupados com essa informação, os vereadores de Criciúma, Ademir Honorato e João Batista Belloli, irão protocolar nesta quarta-feira, 11, na Aneel, uma petição para prorrogar esse prazo até que as partes entrem em um acordo.
“Hoje vimos um grande avanço nas negociações. Acreditamos que a Aneel irá conseguir esse acordo e que não seremos prejudicados. Hoje não estou preparado financeiramente para absorver mais esse elevado custo de mais de 100% no aumento da energia consumida por minha empresa”, desabafou o empresário, Valdelir Biff, que também participou da reunião.