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Alunos do Curso de Geografia aprendem a confeccionar mapas táteis

Oficina de Mapa Tatil Geografia Unesc 5

Marcando o aniversário de 22 anos do curso, graduandos de Geografia da Unesc tiveram uma atividade especial. Eles participaram de uma Oficina de Mapa Tátil, no Laboratório de Geociências da Universidade. A atividade foi ministrada pela Doutoranda do Programa de Pós-Graduação De Geografia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Tamara De Castro Regis.

Conforme a coordenadora do Curso de Geografia da Unesc, Andreia Rabello, a atividade teve o objetivo de mostrar na prática a forma de fazer mapas que possam ajudar pessoas com pouca ou nenhuma visão a fazerem a leitura completa das mais variadas ilustrações. “Nós quisemos aproximar nossos alunos também dessa realidade para que, quando estiverem na sala de aula, saibam como montar esses materiais para seus alunos. ”, comentou.

Para a professora, o resultado foi tão positivo que deve se refletir em novos encontros para mais aprendizado. “Para nós essa atividade é um grande presente. Já quero deixar encaminhada a próxima, pois isso abre nossos horizontes para novas possibilidades. Nossa próxima oficina vai ser de Globo Terrestre Tátil, outro material muito interessante”, citou.

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Conhecimento compartilhado

Os ensinamentos de Tamara, que atua diretamente com a confecção de mapas táteis dentre outros materiais que tornam acessíveis os conhecimentos de temas da geografia para cegos ou pessoas com pouca visão, foram valiosos. Os alunos puderam ver de perto a gama de materiais que são utilizados nos trabalhos com texturas e formas diferenciadas de maneira a causar entendimento completo a quem precisar utilizá-los, além de terem manuseado alguns tipos de mapas confeccionados pela equipe do Laboratório de Cartografia Tátil e Escolar (LabTATE) da UFSC.

De acordo com a ministrante, a atenção aos detalhes no momento da confecção dos trabalhos é o que os torna tão valiosos. “Precisa ser feito tudo com muito cuidado, pois qualquer detalhe com acabamento mal feito até uma cola a mais que sobrou na folha é identificado por quem está lendo o mapa como alguma informação e isso pode fazer com que ele se torne confuso e incorreto”, explicou.

A quantidade de informações presentes em determinadas ilustrações, assim como em qualquer outro mapa, pode variar, mas a intenção, conforme Tamara, é de transmitir o maior número de conhecimento possível. “Quem tem pouca ou nenhuma visão não quer ser privado de conhecimento. O que vai ser útil para ele naquele momento ou não é ele quem vai decidir, mas nossa função é encontrar formas de, por meio dos materiais e das legendas em braile, informar ele sobre o assunto de forma abrangente”, completou.

Compartilhar esse conhecimento, para a doutoranda, é uma das questões mais importantes do seu trabalho. “Além, é claro, da pesquisa constante que é também necessária para a evolução, disseminar essas práticas é essencial para nós. Fazemos questão de realizar oficinas onde somos convidados e procuramos ensinar também por meio do nosso site, ontem também colocamos muitas orientações para professores e pais de como procurar o serviço e até mesmo como fazer os mapas”, destacou.

Francine Ferreira – Mayara Cardoso 


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