O Governo do Estado tem reforçado com profissionais da saúde protocolos de cuidados sobre as novas variantes do vírus SARS-CoV-2. A Secretaria de Estado da Saúde, por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE/SC), enviou um documento às equipes com as medidas que devem ser adotadas para identificar possíveis mutações. Também foram redobrados cuidados com os profissionais que terão contato com pacientes transferidos de Manaus.
Para receber esses, a Secretaria da Saúde de Santa Catarina elaborou um protocolo seguro para os profissionais envolvidos no atendimento. As medidas que incluem testagem regular visam reforçar a biossegurança de Santa Catarina durante esse apoio.
Além disso, há uma orientação sobre a conduta das equipes de vigilância em saúde na hora de avaliar os casos suspeitos de Covid-19, no sentido de se verificar o histórico de viagens dos pacientes. As regiões de risco citadas são África do Sul, Reino Unido e a região Norte do Brasil – Tocantins, Pará, Amapá, Roraima, Amazonas, Acre e Rondônia.
Nesses casos, as amostras coletadas deverão ser encaminhadas para o Laboratório Central de Santa Catarina, (Lacen/SC), que encaminhará ao laboratório de referência Fundação Osvaldo Cruz (FIOCRUZ/RJ) para identificação de novas variantes.
Até o momento, Santa Catarina identificou seis casos suspeitos que estão em investigação, dos quais dois já foram descartados e quatro ainda estão aguardando resultado pelo laboratório de referência. No caso das equipes que acompanham os pacientes vindos de Manaus, a orientação é para testagem constante dos profissionais, além de adotar todos os protocolos de biossegurança.
Santa Catarina já realizou até o momento 768.479 testes RT-PCR, 664.227 rápidos e há quase cinco mil em análise no Lacen.
O Governo do Estado reforça que é importante que a população continue fazendo sua parte na prevenção, colaborando com o distanciamento social, evitando aglomerações, usando máscara e fazendo a lavagem constante de mãos.
O que significa uma nova variante?
A presença de mutações é um processo natural na biologia dos vírus, porém algumas delas podem gerar diferenças dentro de um grupo genético que são denominadas variantes. Elas, por sua vez, podem representar um impacto na saúde pública caso apresentem um potencial de maior transmissibilidade ou gravidade da doença. Desde a identificação inicial do vírus SARS-CoV-2, o vírus sofreu inúmeras mutações. A nova variante denominada P.1, linhagem B.1.1.28, foi descoberta em dezembro de 2020, quando o Japão a identificou um grupo de viajantes brasileiros. Sua origem foi determinada em Manaus.
Desde então, investigações epidemiológicas e virológicas adicionais estão sendo realizadas para avaliar a transmissibilidade, gravidade, risco de reinfecção e a resposta de anticorpos a novas variantes, bem como seu potencial impacto nas medidas de saúde pública, incluindo diagnóstico, tratamento e vacinas.
Quantas novas variantes do vírus SARS-CoV-2 já foram detectadas?
Além de Manaus/Amazonas e a Variante P.1, outras duas variantes também foram reconhecidas no mês de dezembro na África do Sul e no Reino Unido. A Variante VOC 202012/01, linhagem B.1.1.7, p.e., é a que mais parece ter aumentado a transmissibilidade de contágio, comparada com as outras. A outra variante é a 501.V2, linhagem B.1.351, que teve origem na África do Sul.