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O alerta do Dia Nacional de Prevenção da Obesidade

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Data serve para alertar as pessoas sobre a doença. Caminhadas e avaliações em locais públicos fazem parte de ações.

A obesidade é um dos principais problemas de saúde pública da sociedade moderna. Segundo a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) e Ministério da Saúde (2017), é uma doença que já afeta 18,9% dos brasileiros. Já o sobrepeso atinge mais da metade da população (54%).

Sem dúvida a mudança dos hábitos alimentares nas famílias é um dos grandes motivadores dessa nova realidade, impactando diretamente na saúde de adultos, jovens e crianças. “O arroz e o feijão, por exemplo, não são mais unanimidade. Há mais comidas industrializadas, mais fast food e menos consumo de comidas mais frescas”, explica o cirurgião Leandro Avany Nunes, uma das referências em cirurgia e tratamento da obesidade em Santa Catarina.

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Segundo consta na Lei nº 11.721, assinada em junho de 2008, 11 de outubro é o Dia Nacional de Prevenção da Obesidade. A data havia sido criada, há dez anos, pela Federação Latino-Americana de Obesidade, porém reconhecida, em 1999, pelo Governo Federal e instituída no Brasil. “Neste dia os órgãos e associações engajadas no tratamento procuram desenvolver ações para alertar as pessoas sobre a doença. Caminhadas, avaliações em locais públicos, também fazem parte do trabalho”, explica o médico.

Os índices nacionais indicam que entre os jovens, a obesidade aumentou 110% entre 2007 e 2017. Esse índice foi quase o dobro da média nas demais faixas etárias (60%). O crescimento foi menor nas faixas de 45 a 54 anos (45%), 55 a 64 anos (26%) e acima de 65 anos (26%).

Para o cirurgião Leandro Avany Nunes, apesar da relevância dos fatores genéticos no desenvolvimento da obesidade, essa situação pode ser evitada, a começar pela educação das crianças dentro de casa e na escola. “Deve-se optar sempre por refeições e lanches saudáveis e, de preferência, não comprar alimentos industrializados e ricos em gordura”, completa.

Outros fatores que ajudam na prevenção da obesidade, além da alimentação saudável, rica em carnes magras, vegetais, frutas e massas integrais, deve-se manter a prática regular de exercícios físicos. Atividades como esportes coletivos, corrida, dança, caminhada e ciclismo, por exemplo, além de fazerem bem ao corpo, são fontes de prazer e socialização.

Opções de tratamentos

A primeira opção para se livrar do excesso de peso é o chamado tratamento clínico. “Normalmente após uma avaliação de um médico endocrinologista, excluídas as causas clínicas, o mesmo deverá propor ao paciente uma mudança na escolha alimentar, priorizando alimentos saudáveis”, conta Avany.

Reorganizar os horários das refeições, iniciar ou aumentar a prática de atividade física, podendo em casos especiais propor o uso de medicação que otimize a perda de peso e facilite as mudanças comportamentais. “Os tratamentos devem objetivar o bem estar e a saúde do indivíduo, para diminuição dos riscos de doenças associadas. Embora, com frequência, a obtenção de resultados estéticos faça parte das expectativas do paciente, esse não é o principal objetivo”, acrescenta ele.

Cirurgias

Nos casos em que ocorre falha do tratamento clínico da obesidade e o mesmo se mostra ineficaz, o tratamento cirúrgico deve ser considerado. O método é conhecido popularmente como “redução de estômago”, mas vai muito além. Existem vários métodos ou tipos de tratamentos disponíveis, que devem ser aprovadas pelo CFM (Conselho Federal de Medicina), para uso e prática clínica, cabendo ao médico apresentá-los ao paciente e recomendar o mais apropriado e seguro para cada caso.

Uma opção é o balão intragástrico, um dispositivo de silicone que, após bem posicionado no estômago por via endoscópica e não cirúrgica, é insuflado com 400-700 ml (volume ajustável) de soro fisiológico e contraste. É uma técnica gastro-restritiva pura, indicada para pacientes com Índice de Massa Corporal (IMC) maior que 27 kg/ m2 (ou maior que 30 kg/m2 depende do fabricante).

“Projetado para provocar uma sensação de saciedade precoce e diminuir a capacidade do reservatório gástrico, diminui o consumo de alimentos e facilita a adaptação a uma dieta hipocalórica associada à mudança comportamental”, analisa Leandro Avany Nunes.

A cirurgia bariátrica e metabólica, também conhecida como cirurgia da obesidade, ou, popularmente, redução de estômago, reúne técnicas com respaldo científico, destinadas ao tratamento da obesidade mórbida e ou obesidade grave e das doenças associadas ao excesso de gordura corporal ou agravadas por ele.

A Clínica Mova, em Criciúma, oferece diversos tipos de tratamentos. Além disso, todos os meses promove a reunião do Grupo Multidisciplinar de Cirurgia Bariátrica a pacientes pré e pós-operados. O encontro é gratuito e aberto a comunidade e é um momento para troca de experiências e informações, com a participação de pacientes, médicos, psicólogo, nutricionista e educador físico.

Francine Ferreira – Kamili Guimarães


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