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Alerta

Alagamentos e enchentes exigem ações para prevenção de doenças

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Devido aos altos volumes de chuva registrados em Santa Catarina, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE) da Secretaria de Estado da Saúde (SES) alerta a população e os serviços de saúde para o aumento da possibilidade de transmissão de doenças, como a leptospirose, e de acidentes com animais peçonhentos. O Alerta Epidemiológico e todas as demais informações estão reunidas na página da DIVE.

“Uma das principais ocorrências após as inundações é o aparecimento de casos de leptospirose transmitida aos seres humanos pelo contato com água ou lama contaminadas pela urina de animais como ratos”, alerta a gerente da Gerência de Zoonoses da DIVE/SC, Suzana Zeccer. De acordo com ela, os casos de leptospirose costumam aumentar quando as águas ainda estão baixando, ou quando as pessoas retornam às suas residências e fazem a limpeza das casas. Nesse momento, também podem ocorrer acidentes com animais peçonhentos, como serpentes, aranhas e escorpiões, que procuram abrigo em locais secos e costumam invadir as residências.

“Profissionais de saúde, tanto os que atuam em Vigilância Epidemiológica ou Sanitária quanto os da atenção básica, devem estar atentos para um possível aumento no número de casos dos agravos relacionados a estes eventos climáticos, e manterem-se preparados para monitorar regiões atingidas”, disse o superintendente de Vigilância em Saúde da SES, médico infectologista Fábio Gaudenzi. O objetivo é determinar as características da área, população atingida, realizar a busca de casos e encaminhamento de suspeitas para unidades de saúde.

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Outras doenças frequentes em decorrência de enchentes e alagamentos são as de transmissão respiratórias, principalmente em função da permanência temporária em alojamentos e abrigos, com uma grande quantidade de pessoas convivendo em um mesmo espaço. Podemos citar como exemplos: influenza, meningites, difteria, coqueluche, varicela, tuberculose, entre outrass. Também pode haver casos de doenças de transmissão hídrica e alimentar (DTHA), em virtude da contaminação da água das redes públicas de abastecimento. “Como o consumo de água é uma necessidade básica, muitas vezes a população acaba utilizando água contaminada, expondo-se ao risco de diarreia, cólera, febre tifoide, meningites por enterovírus e hepatites A e E”, afirma a gerente de Vigilância de Doenças Imunopreveníveis, Imunização e DTHA da DIVE/SC,  Vanessa Vieira da Silva.

Medidas de prevenção

  • Evite contato com água ou lama de enchentes e não deixe que crianças brinquem no local;
  • Use botas e luvas quando trabalhar em áreas com água possivelmente contaminada, como é o caso de alagamentos;
  • Pessoas que trabalham na limpeza de lama, entulho e esgoto devem usar botas e luvas de borracha para evitar o contato da pele com água e lama contaminadas. Se isso não for possível, usar sacos plásticos duplos amarrados nas mãos e nos pés;
  • Quando as águas baixam é necessário retirar a lama e desinfetar as casas, sempre se protegendo com luvas e botas. O chão, paredes e objetos devem ser lavados e desinfetados com água sanitária, na proporção de dois copos (400 ml) do produto para um balde de 20 litros de água, deixando agir por 10 minutos;
  • Jogue fora alimentos e medicamentos que tiveram contato com a água dos alagamentos;
  • Lembre-se que serpentes, aranhas e escorpiões podem estar em qualquer lugar da casa, principalmente em locais escuros. Nunca coloque as mãos em buracos ou frestas. Use ferramentas como enxadas, cabos de vassoura e pedaços compridos de madeira para mexer nos móveis. Bata os colchões antes de usar e sacuda cuidadosamente roupas, sapatos, toalhas e lençóis;
  • Em caso de encontrar animais peçonhentos dentro da residência, afaste-se lentamente, sem assustá-los. E nunca pegue com as mãos animais peçonhentos, mesmo que pareçam estar mortos.

Como agir em caso de mordedura de animais peçonhentos

  • O acidentado deve procurar imediatamente um serviço de saúde, para que seja devidamente atendido. O tratamento deve ser sempre administrado por profissional habilitado e, de preferência, em ambiente hospitalar;
  • NUNCA se deve chupar o local da picada. Não é possível retirar o veneno do corpo, pois ele é rapidamente absorvido pela corrente sanguínea;
  • Não amarre o braço ou a perna picada porque isso dificulta a circulação do sangue, podendo produzir necrose ou gangrena;
  • Não corte o local da picada. Alguns venenos produzem hemorragia e o corte aumentará a perda de sangue.
Francine Ferreira – Patrícia Pozzo


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