Com a greve dos bancários, os aposentados e pensionistas estão sendo atendidos na primeira hora de abertura das agências durante esta semana. A paralisação chega nesta terça-feira, 4, ao 27º dia em Criciúma e região com cerca de 800 bancários parados e 52 agências e três departamentos fechados.
Nesta terça, os trabalhadores fazem Assembleia às 17h, no Sindicato dos Metalúrgicos para avaliar os rumos do movimento.
O presidente do Sindicato dos Bancários de Criciúma e Região, Edegar Generoso, denúncia que a culpa da greve não é dos bancários é dos bancos. “Mesmo com lucros bilionários – quase R$ 30 bi no primeiro semestre –, emperram a negociação com proposta de reajuste para salários, pisos, vales e auxílios que não cobre nem a inflação. Também não melhoraram a PLR, nem apresentaram nada para reivindicações de garantia de emprego, de igualdade de oportunidades, de combate ao assédio moral e às metas abusivas que tanto adoecem os trabalhadores do setor financeiro”, critica.
Na última negociação, na quarta-feira, 28, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) manteve os 7% de reajuste, mais abono de R$ 3.500, e 0,5% de aumento real para 2017. O Comando Nacional dos Bancários rejeitou a proposta na mesa.
Os bancários reivindicam reposição da inflação do período (estimada em 9,57%) e mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial, no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$3.940,24 em junho), PLR de três salários mais R$ 8.317,90, combate às metas abusivas, ao assédio moral e sexual, fim da terceirização, mais segurança, melhores condições de trabalho.
A defesa do emprego e dos direitos da classe trabalhadora também é prioridade. A data-base é 1º de setembro.