Pai da jovem descobriu situação a tempo e conseguiu evitar o pior.

Depois que chegou ao conhecimento púbico que uma adolescente de Forquilhinha teria se envolvido no jogo da Baleia Azul, a discussão em relação ao assunto ganhou força no município. Neste caso, o pai da jovem descobriu a ação da filha a tempo e conseguiu evitar consequências piores. No entanto, o alerta sobre esse tipo de atividade não pode ser deixado de lado.

No jogo da Baleia Azul, um dos desafios é o adolescente se mutilar, até chegar ao final, quando precisa se suicidar. “Com isso, a primeira atitude para reforçar a prevenção é ficar atento aos cortes que o jovem, teoricamente, tem que fazer em si mesmo. Os pais também precisam prestar atenção ao uso da tecnologia pelos filhos, têm que conversar mais e fortalecer o vínculo com os adolescentes, porque muitas vezes há uma distância muito grande entre as partes, o que favorece essas ações preocupantes. Basicamente, temos que saber o que acontece com os nossos filhos”, ressalta a professora do curso de Psicologia da Unesc, Cristina Kern.

A psicóloga ainda completa que é importante que os pais desenvolvam, desde a infância, a capacidade de os filhos falarem sobre suas emoções e sentimentos, para que eles aprendam a lidar com as frustrações de uma melhor forma. “A adolescência é um período complicado, são mudanças físicas e psicológicas, em que a pessoa está em construção da personalidade. Por isso, muitas vezes o adolescente tenta se esquivar, mas os adultos são os responsáveis pela formação dos mais jovens, então não podem fugir e ter medo disso”, finaliza Cristina.

Escola trará palestra para reforçar o alerta

A adolescente de Forquilhinha que teria participado do jogo não mora mais na cidade, mas até então estudava na Escola de Educação Básica Luiz Tramontim, no bairro Santa Isabel. A diretoria da instituição, depois de saber da notícia, programou um dia de palestras para ser realizado nesta quinta-feira, 18, com objetivo de fortalecer o alerta contra o jogo da Baleia Azul. Neste dia, uma psicóloga estará na escola para conversar com os estudantes das turmas mais afetadas.

Francine Ferreira