Técnicos da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive) retornam à Gravatal e região, no Sul do Estado, para planejar a conclusão do bloqueio vacinal contra a raiva.
As ações se iniciam na próxima segunda-feira, 10, e envolvem a vacinação casa a casa de cães e gatos em um raio de cinco quilômetros a partir do local onde o caso de raiva humana foi registrado, bem como busca ativa de animais doentes e mortos e orientação à população.
A primeira etapa do trabalho, que aconteceu no início de maio, foi responsável por vacinar quase quatro mil animais (3.873 no total) contra a raiva (3.144 cães e 729 gatos) em 1.567 imóveis visitados. Essa segunda etapa conclui o bloqueio de foco na região.
“Precisamos mais uma vez da colaboração dos moradores. Pedimos que deixem seus animais em local fechado e cercado até a chegada das equipes para facilitar o trabalho de vacinação em cães e gatos. Lembrando que essa ação é a forma mais eficaz de proteção contra a raiva”, afirma João Fuck, gerente de zoonoses da Dive.
Raiva
Após 38 anos sem registrar casos de raiva humana no Estado, a Dive confirmou no início de maio um óbito de uma paciente de 58 anos, residente em área rural do município de Gravatal, por conta da doença.
Já os últimos casos de raiva em cães e gatos em Santa Catarina foram registrados em 2006, nos municípios de Xanxerê (01 cão e 01 gato), Itajaí (01 cão), e em 2016, em Jaborá (01 cão).
A raiva é uma doença transmissível que atinge mamíferos como cães, gatos, bois, cavalos, macacos, morcegos e também o homem, quando a saliva do animal infectado entra em contato com a pele ou mucosa por meio de mordida, arranhão ou lambedura do animal. O vírus ataca o sistema nervoso central, levando à morte após pouco tempo de evolução. A raiva não tem cura estabelecida (há apenas três casos de cura conhecidos no mundo, um deles no Brasil) e a única forma de prevenção é por meio da vacina.