Eles solicitam apoio e agilidade na execução de projetos já aprovados no Legislativo.
Pais e mães de pessoas diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) estiveram na Câmara de Vereadores de Forquilhinha na última segunda-feira, 18, solicitando apoio e agilidade na execução de projetos já aprovados no Legislativo. Segundo o grupo, falta um atendimento melhor e especializado no município.
O morador da Santa Isabel, Salésio Feller, fez um relato na tribuna. “Tenho um filho de 12 anos com diagnóstico leve do TEA. Ser pai de autista é ir para uma guerra sem armas e sem estratégia, é no dia a dia que vamos descobrindo as estratégias para ter mais sociabilidade com eles”, conta.
Dois projetos já foram aprovados na Câmara e viraram leis em Forquilhinha. A Lei nº 2.486/2021 institui sobre política pública do município para garantia, proteção e ampliação dos direitos das pessoas com TEA. E a Lei nº 2.522/2021, que autoriza a criação de programa municipal de censo de inclusão das pessoas diagnosticadas com TEA.
Na avaliação do vereador Dinho Rampinelli (PL), o atendimento é deficitário município. “A Apae de Forquilhinha atende crianças até os sete anos de idade, e a Associação dos Pais e Amigos Autistas (AMA) de Criciúma está com fila de espera de pessoas aguardando vagas. Falta um local com atendimento exclusivo e especializado”, comenta.
Ações em andamento
O secretário de Educação, Félix Hobold, também utilizou a tribuna para apresentar algumas ações em andamento em Forquilhinha. “Estamos realizando um trabalho para aprofundar o diagnóstico no município e estar mais próximos dos familiares e das crianças com TEA. É um trabalho a longo prazo e que precisa de sensibilização de todos”, comenta.
Capacitações também são realizadas. “Nesta semana vamos ter a quinta capacitação com os profissionais sobre o autismo. Isso tem repercutido com mais conhecimento, pesquisa e formas de melhorar a abordagem com os nossos alunos do AEE – Atendimento Educacional Especializado”, acrescenta.
Novos profissionais também estão sendo chamados. “Contratamos fonoaudióloga, psicólogo e assistente social, pois o que tínhamos na rede era insuficiente. Infelizmente temos poucos profissionais especializados no mercado para melhorar o atendimento, mas estamos tentando chamar mais”, pontua Hobold.
Mais destaques da 37ª Sessão
Apoio ao projeto e queixas na Cultura
O membro do Catavento Coletivo Cultural, Leonardo Teixeira, utilizou a tribuna para pedir apoio ao projeto de revitalização do Campo União, no bairro Nova York. Um trabalho foi realizado na comunidade com a participação da Unesc e entidades, durante um ano e meio, para definir o melhor projeto.
“Peço o apoio de todos para buscar recursos, e o entendimento da administração para executar o que está no papel. Não é um projeto político partidário, mas sim de toda comunidade”, declara.
Na questão cultural, Teixeira apresentou queixas com os encaminhamentos da administração. “Todo o grupo do Conselho de Cultura, que estava há cinco anos ajudando na cultura do município, foram desrespeitados pela administração. Os conselheiros são voluntários e defendem as ações para a população”, disse.
A falta de abertura do edital mais cultura este ano também foi lamentada. “Nos últimos anos tivemos abertura do edital com incentivos culturais para o município, inclusive uma conquista do conselho, mas este ano não fizeram. Os valores não eram muito significativos, mas ajudavam a fomentar a Cultura”, resume Teixeira.
Projeto aprovado
- PLE nº 60/2021 – Autoriza a aquisição por doação, sem ônus ao município, de áreas de terra que especifica e dá outras providências. O único voto contrário foi do vereador Felipe Dordete (PP).
Indicações
- 145/2021 – Construção de uma Unidade Básica de Saúde no bairro Ouro Negro. (Felipe Dordete – PP)
- 146/2021 – Pavimentação asfáltica da Rua José Arns, no bairro Vila Lourdes. (Marcos Rocha Macedo – PDT)
- 147/2021 – Implantação do Programa de aulas de língua italiana para a população. (Marilda Casagrande – PP)