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Aplicativo Dengue SC reforça o combate ao mosquito Aedes aegypti no Estado

dengue sc

Uma nova arma contra o mosquito Aedes aegypti foi lançada na manhã desta sexta-feira, 5, em Florianópolis. Durante entrevista coletiva, o governador Raimundo Colombo, o secretário de Estado da Saúde, João Paulo Kleinübing, e o presidente do Centro de Informática e Automação do Estado de Santa Catarina (Ciasc), Roberto Amaral, lançaram o aplicativo Dengue SC para reforçar o combate ao mosquito transmissor da dengue, zika vírus e febre da chikungunya.

O aplicativo, inédito no país, está disponível gratuitamente nos sistemas Android e, a partir da semana que vem, em iOS. Desenvolvido pelo Ciasc, o Dengue SC permitirá que a população denuncie eventuais criadouros de Aedes aegypti aos órgãos de controle por meio de fotos e localização por geoprocessamento.

 

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“O aplicativo é um instrumento importante, pois vai oferecer mais precisão e auxiliar nos resultados. É uma inovação tecnológica que conseguimos oferecer para a sociedade. Precisamos todos ajudar no combate ao mosquito, porque ele é uma ameaça grande de saúde pública para todos nós. Tivemos um ciclo grande de focos do mosquito no ano passado, e conseguimos melhorar nossos números neste ano, mas não podemos nos acalmar. Fevereiro é um mês crítico de multiplicação do mosquito”, disse o governador.

O secretário da Saúde explicou que as pessoas, ao identificarem um potencial foco do mosquito ou um criadouro, poderão tirar uma foto com seu celular e encaminhar automaticamente pelo aplicativo. Os dados ficarão à disposição da Sala de Situação do Estado, em Florianópolis, que será responsável por acionar a equipe local para verificação e, por meio de seus agentes, fazer o combate. Também será dado retorno à comunidade. “É uma forma que a população tem de participar no combate ao mosquito. Além disso, temos o apoio das Forças Armadas e todos os órgãos de Governo. É um trabalho de integração forte e importante. Estamos mobilizados em Santa Catarina”, afirma Kleinübing.

Roberto Amaral informou que o aplicativo é uma colaboração do Ciasc para a campanha contra o Aedes aegypti e uma poderosa ferramenta de prevenção a doenças. Além disso, o Ciasc vai disponibilizar um jogo para tablets e smartphones para que as crianças entendam o processo de controle do mosquito.

Kleinübing destacou que no sábado, dia 13 de fevereiro, será feito um grande trabalho de mobilização em Santa Catarina, envolvendo as Forças Armadas, todos os órgãos do Estado e municípios.

O general da 14ª Brigada de Infantaria Motorizada, Richard Fernandes Nunes, será o coordenador das Forças Armadas em Santa Catarina. Ele vai coordenar todo o trabalho da Marinha, Exercito e Aeronáutica durante o dia de mobilização. “Todo o efetivo, em torno de cinco mil militares das Forças Armadas, irão participar junto aos municípios. Já começamos os trabalhos de capacitação dos militares”, explicou Nunes.

Outros órgãos

O secretário adjunto da Defesa Civil, Rodrigo Moratelli, destacou que o trabalho que está em execução em Santa Catarina demonstra resultados, mas a participação de todos é fundamental. “Ainda há 50% dos imóveis sem acesso e é importante que a população abra as portas de suas casas para que a verificação das equipes”, disse.

A Educação também está mobilizada no combate ao mosquito. O secretário da Educação, Eduardo Deschamps, informou que na metade deste mês será realizado curso de formação de diretores e professores. A intenção é que eles possam repassar os ensinamentos e intensificar as ações contra o mosquito nas escolas. “E a partir do dia 22, com as crianças voltando às aulas, vamos fazer um trabalho integrado com as Forças Armadas e com a Saúde para a conscientização de combate”, informou.

Também participou do lançamento do app o secretário da Segurança Pública, Cesar Augusto Grubba, que está com as equipes da área integradas nas ações.

Situação em Santa Catarina

Conforme o último boletim da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), divulgado no dia 2 de fevereiro, no período de 1º a 30 de janeiro deste ano, foram notificados 879 casos de dengue em Santa Catarina. Desses, 828 (94%) estão em investigação, aguardando resultado laboratorial, 15 (2%) foram confirmados pelo critério laboratorial e 36 (4%) foram descartados. Do total de confirmados, um (7%) é autóctone, nove (60%) são importados (transmissão fora do Estado) e cinco (33%) estão em investigação para definição do local provável de infecção.

Em 2015, foram notificados 11.340 casos de dengue, dos quais 3.618 casos foram confirmados (32%), 6.813 (60%) foram descartados e 909 (8%) estão em investigação. Do total de casos confirmados, 3.279 (91%) eram autóctones, 274 (7%) importados e 65 (2%) estão em investigação para identificação do local provável de infecção. Em relação ao boletim anterior (publicado no dia 26 de janeiro), dos casos em investigação, foram confirmados mais dois (2) casos de dengue, que estão em investigação para definir o local provável de infecção.

Em relação aos focos do mosquito Aedes aegypti, em Santa Catarina, até 30 de janeiro de 2016, foram identificados 905 focos, em 77 municípios. Neste mesmo período em 2015, tinham sido identificados 1.069 focos em 48 municípios.

São 28 municípios considerados infestados pelo mosquito Aedes aegypti atualmente: Anchieta, Balneário Camboriú, Chapecó, Cordilheira Alta, Coronel Freitas, Coronel Martins, Cunha Porã, Florianópolis, Guaraciaba, Guarujá do Sul, Itajaí, Itapema, Joinville, Maravilha, Nova Itaberaba, Novo Horizonte, Palmitos, Passo de Torres, Pinhalzinho, Planalto Alegre, Princesa, São Bernardino, São Lourenço do Oeste, São Miguel do Oeste, Serra Alta, União do Oeste, Xanxerê e Xaxim. A definição de infestação é realizada de acordo com a disseminação e manutenção dos focos.

Febre de chikungunya

No período de 1º a 30 de janeiro de 2016, foram notificados oito (26) casos suspeitos de febre de chikungunya em Santa Catarina, todos permanecendo em investigação.

No ano de 2015, foram notificados 122 casos suspeitos de chikungunya, dos quais quatro (3%) foram confirmados, 71 (58%) foram descartados e 47 (39%) permanecem em investigação. Do total de quatro casos confirmados, um foi autóctone do município de Itajaí e outros três foram importados de outros estados.

Febre do zika vírus

No período de 1º a 30 de janeiro de 2016, foram notificados 36 casos suspeitos de febre do zika vírus em Santa Catarina. Destes, cinco (14%) foram confirmados (quatro pelo critério clínico-epidemiológico e um pelo critério laboratorial), 18 (50%) foram descartados e 13 (36%) permanecem em investigação.

Todos os casos confirmados são importados. Estes casos foram identificados em Braço do Norte, Brusque, Florianópolis e Ipuaçu, e os prováveis locais de infecção foram os estados do Mato Grosso, Rio de Janeiro e Sergipe.

No ano de 2015, foram notificados 78 casos de febre do zika vírus, dos quais nove foram confirmados pelo critério clínico-epidemiológico, sendo todos importados de outros estados, (residentes em Itapema, Laguna, Florianópolis, Bombinhas, Gaspar e Pomerode), 62 foram descartados e sete permanecem em investigação.

Situação das Salas Municipais para o combate ao Aedes aegypti

A Sala Estadual para o combate ao Aedes aegypti informa que todos os 28 municípios infestados implantaram a sala de situação municipal. Novo Horizonte e Princesa ainda não informaram a composição das suas salas.

Informações sobre as visitas aos imóveis continuam sendo repassadas diariamente para a Sala Estadual, por todos os municípios infestados.

Dos 333.124 imóveis em área infestada que devem receber visita até o dia 12 de fevereiro, já foram realizadas visitas em 152.816 imóveis, representando 45,9% do total. Os imóveis fechados ou que a visita foi recusada totalizam 39.286 (11,7% do total de imóveis existentes).

Os municípios de Cordilheira Alta, Coronel Martins, Guaraciaba, Maravilha, Nova Itaberaba, Planalto Alegre, São Bernardino, São Lourenço do Oeste e Xaxim já realizaram a visita em todos os imóveis das suas áreas infestadas.

Formalizaram a Sala Estadual solicitação de apoio das Forças Armadas os municípios de Balneário Camboriú, Florianópolis e Itajaí.

Orientações para evitar a proliferação do Aedes aegypti

– Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usar, coloque areia até a borda;

– Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;

– Mantenha lixeiras tampadas;

– Deixe os depósitos para guardar água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;

– Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;

– Trate a água da piscina com cloro e limpe uma vez por semana;

– Mantenha ralos fechados e desentupidos;

– Lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana;

– Retire a água acumulada em lajes;

– Dê descarga no mínimo uma vez por semana em banheiros pouco usados;

– Mantenha fechada a tampa do vaso sanitário;

– Evite acumular entulho, pois podem se tornar locais de foco do mosquito da dengue.

– Denuncie a existência de possíveis focos de Aedes aegypti para a Secretaria Municipal de Saúde;

– Caso apresente sintomas de dengue, chikungunya o zika vírus, procure uma unidade de saúde.

Francine Ferreira – Elisabety Borghelotti
Foto: James Tavares


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