O verão se estenderá até 20 de março de 2025, às 6h02. A exposição solar excessiva, muito comum nesta época, é o principal fator de risco para o câncer de pele. Dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia indicam que a região Sul é onde se encontram mais pacientes com câncer de pele no Brasil. Enquanto no Rio Grande do Sul quem sofre são os homens, em Santa Catarina, a maioria são mulheres.

“É o tipo de câncer mais comum dentre todos. Ele representa cerca de 30% de todos os diagnósticos de cânceres e o importante é que ele é um tumor onde as medidas de prevenção são as mais facilmente aplicáveis”, aponta Angela Lapoli Serra Braga, médica dermatologista de Criciúma (CRM 8244). A especialista afirma que os cuidados diários são simples e necessários para manter a saúde da pele. “Deve-se usar todos os dias o filtro solar e fazer a reaplicação, evitar a exposição ao sol após às dez horas da manhã e antes das quatro horas da tarde, e além disso, utilizar barreiras físicas como viseira, chapéu, sombreiros, óculos de sol e roupas”, destaca a médica. Ela lembra também que “é importante que o filtro solar também seja utilizado em uma quantidade suficiente para manter essa fotoproteção. Ou seja, uma colher de chá para cada região do corpo”.

A dermatologista avisa que o sol não é o único vilão. “Não, principalmente o câncer de pele do tipo melanoma, ele tem um fator genético envolvido. Também os pacientes com algum grau de imunossupressão, por exemplo, pacientes com transplantes, também têm uma predisposição maior ao desenvolvimento do câncer de pele”, enfatiza Angela.

Tipos de peles e sintomas comuns para ficar alerta

A médica ressalta que existem dois tipos de grupos: câncer de pele não melanoma e o tipo melanoma. “Nós costumamos dividir o câncer de pele em dois grandes grupos, o tipo melanoma e o tipo não melanoma. O tipo melanoma costuma se apresentar como um sinal, que possui as bordas irregulares, várias cores, geralmente com um tamanho maior que seis milímetros. Ele tem uma certa assimetria e pode ser de uma pinta, um sinal que o paciente já tenha ou um sinal novo. E os cânceres do tipo não melanoma, eles podem se apresentar como uma ferida que não cicatriza, uma lesão inflamatória que não cicatriza, então que dura mais de três semanas”, pontua a dermatologista.

No Sul do país, a cada 100 mil pessoas, 150 estão com câncer de pele e, a médica dermatologista explica que, um dos fatores para isso, está no fototipo de pele. “Quem tem pele, olhos e cabelos claros e/ou pacientes com algum histórico pessoal ou familiar de câncer de pele, pacientes com muitos sinais, múltiplas pintas. Então, esses pacientes, eles devem ter um acompanhamento mais rigoroso com seu dermatologista”, conclui a médica.

Redação – Maíra Rabassa