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Pandemia do novo coronavírus: o segundo episódio

Joelcy Jose Sa Lanzarini

A pandemia causada pelo COVID-19 pode estar retornando com força. Na Europa diversos países voltam a contabilizar números preocupantes, indicando que uma nova onda de casos esteja a caminho. São cerca de 20 mil novos casos e 700 mortes por dia naquele continente. No Brasil, os números crescem a cada dia e muitos governadores e prefeitos que já haviam decretado a flexibilização das medidas de isolamento social voltam a pensar em decretá-las novamente.

Em Santa Catarina, a cidade de Joinville no norte do estado determina o isolamento compulsório para pessoas de 60 anos ou mais. Naturalmente que a maior perda refere-se às vidas que sucumbiram, mas há também a preocupação com a economia dos países, pois haverá um exército de desempregados por todo o mundo. Milhares de empresas fecharão suas portas levando consigo milhões de vagas de trabalho. O mundo está sofrendo uma mudança radical na forma de organização social e do trabalho.

Diversas profissões deixarão de existir e um sem número de outras surgirão em consequência deste novo modelo de negócios que surgiu com a pandemia. O mais importante é manter a esperança que logo surgirá uma vacina eficaz contra o vírus, levando a vida novamente à normalidade. Porém, enquanto isso não acontece, vamos nos manter vigilantes e cuidadosos evitando que novos casos da doença apareçam.

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Crescimento da economia, inflação, câmbio, juros e comodities

O último Boletim Focus trouxe a previsão do PIB de 2020, estabilizando em 6,5% de queda. Apesar do número ser extremamente prejudicial a economia, o lado bom é que estabilizou-se após cair por 18 semanas seguidas. As previsões para 2021 estimam um crescimento de 3,5%, recuperando em boa parte a queda do ano de 2020. A inflação prevista para este ano é de 1,6%. Isto se deve á diminuição do poder de compra da população, pois muitos estão perdendo seus empregos.

Em relação à taxa de câmbio, a previsão é de R$ 5,30 no final de 2020, ao passo que recuou para R$ 5,00 ao final de 2021. A taxa SELIC está atualmente em 2,25% ao ano e deve permanecer neste patamar até o final do ano. Para 2021 a previsão é que atinja 3% ao ano. A cotação do petróleo que chegou a atingir o nível de 20 dólares o barril, já retoma boa parte das perdas e está atualmente na casa dos 40 dólares. O ouro bate recorde de preços e apresenta-se como alternativa de preservação de valor durante a crise.

Entenda o que é a taxa CDI e como funciona

A maioria dos investimentos utiliza como benchmark (referência). Mas afinal, o que é a taxa CDI? Certificado de Depósito Interbancário ou simplesmente CDI. É um título de emissão das instituições financeiras, que lastreia as operações do mercado interbancário, ou seja, transações entre bancos. Vamos entender por que o CDI pode ser importante para você.

O CDI foi criado nos anos 80, com o objetivo de garantir a distribuição de recursos para atender ao fluxo financeiro que é exigido pelos bancos. Sua negociação é restrita ao mercado bancário, já que sua principal função é transferir recursos de um banco para outro.

Serve para lastrear as operações do mercado interbancário e permitir que os bancos emprestem ou tomem emprestado recursos de outros bancos para cobrir seus déficits de tesouraria. É uma modalidade de aplicação que pode render uma taxa de juro variável ou fixa. Todas as transações são fechadas exclusivamente no meio eletrônico e a maioria das operações tem o prazo de um dia, apesar da possibilidade deste tempo variar.

Como funciona a rentabilidade atrelada ao CDI?

Basicamente o CDI é uma taxa de juros de curto prazo. Porém, vem se tornando referência para várias operações financeiras. A medida que a taxa SELIC vai baixando, a taxa CDI também vai e isto influencia o rendimento das aplicações atreladas ao CDI. O percentual do CDI oferecido pelos bancos aos seus clientes varia conforme o valor aplicado e o prazo de aplicação. É salutar que busquemos investimentos produtos que paguem acima de 90% do CDI. Existem no mercado produtos que pagam atualmente até 120% do CDI.

Onde aplicar nosso dinheiro?

Todos nós devemos ter algum valor em dinheiro guardado para emergências. Mas onde aplicar este dinheiro para protegê-lo contra a desvalorização? O cuidado que o investidor precisa ter na hora de escolher onde irá alocar seus recursos diz respeito a taxa de juros recebida, a tributação de imposto de renda sobre os ganhos e a inflação do período.

Por exemplo, se a aplicação for em CDB que pague 100% da taxa CDI no período e a taxa CDI estiver em 2% ao ano, o “rendimento bruto” do investimento será de 2%. Porém, o rendimento em CDB’s são tributados pelo imposto de renda em 17,5% do ganho para aplicações com prazo entre 361 e 720 dias. Descontando-se o imposto de renda sobre a taxa bruta de 2%, totaliza um desconto de 0,35%, resultando numa taxa líquida de 1,65% ao ano. Agora é necessário comparar qual a inflação do período e verificar se houve ganho real (aumento do poder de compra do dinheiro) na sua aplicação.

Se a inflação do período foi menor que 1,65% ao ano você teve ganho real. Se for igual ou maior, você teve ganho real zero ou até mesmo teve ganho negativo na sua aplicação. Portanto, sempre que for buscar um novo produto para investir seu dinheiro, faça as suas contas para não perder dinheiro. Outro ponto importante a ser considerado nesta hora é verificar qual o prazo de investimentos.

A tabela de alíquota de imposto de renda sobre os ganhos nas aplicações estipula o período da aplicação em dias. Então, aplicando em um produto financeiro por 360 dias, será descontado 20% dos ganhos. Caso você escolha um produto com período de aplicação entre 361 e 720 dias, a taxa cai para 17,5% do rendimento. Veja a tabela regressiva:

Tabela 1
Então, devemos escolher produtos que tenham taxa líquida superior à inflação do período de investimento para que consigamos ter ganho real nos nossos investimentos.

Banco Central libera crédito para micro, pequenas e médias empresas

O Banco Central (BC) anunciou nesta terça-feira a linha de crédito “Capital de Giro para Preservação de Empresas” (CGPE), direcionada para micro, pequenas e médias empresas. O volume de recursos disponíveis é de R$ 127 bilhões, segundo a autoridade monetária, e é complementar aos programas já implantados pelo governo. O prazo para as operações vai até dezembro de 2020.

Enquadram-se empresas que tenham faturamento anual inferior a 50 milhões de reais. A linha de crédito contará com carência de até 6 meses e até 3 anos de prazo para pagamento. O objetivo é ofertar volume de crédito condizente às necessidades do setor, pois as medidas anunciadas no primeiro momento foram dirigidas especificamente para as grandes empresas.


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