Pelo menos 700 famílias de funcionários da Carbonífera Criciúma passam necessidades.
Os mineiros de Forquilhinha, demitidos ou ainda empregados da Carbonífera Criciúma se reúnem em assembleia às 13h30 desta quarta-feira, 18, no auditório do Sindicato dos Ceramistas, em Criciúma, para organizar uma campanha que visa coletar alimentos para as 700 famílias vítimas da gestão da empresa.
“Contamos com o apoio do movimento sindical de Criciúma e região e vamos definir as estratégias para minimizarmos os problemas dos mineiros e suas famílias”, explica o presidente do sindicato, Fernando Nunes.
Segundo Fernando, 300 mineiros foram demitidos e não receberam suas rescisões contratuais, outros 400 continuam empregados, mas apenas 100 atuam na manutenção da mina, em Forquilhinha e todos estão sem receber salários há dois meses.
A mina está com a energia cortada e a diretoria da empresa não acena com um calendário para pagar os trabalhadores, mesmo tendo realizado uma operação de venda de finos de carvão a um grupo de empresas, em uma operação estimada em R$ 3 milhões.
“É uma situação lamentável, o trabalhador têm atingida, diretamente, sua dignidade, não pode pagar as contas, comprar alimentos para a família e sequer pode procurar outro emprego, pois continua, de uma forma ou outra, ligado à Carbonífera Criciúma, seja pelo contrato rescindido mas que não foi homologado ou os que estão ainda fichados e não recebem salários A empresa está há três anos sem recolher o FGTS do pessoal”, acrescenta o presidente do sindicato.