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O Canil do 9º Batalhão da PM já é referência estadual

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Foto: Daniel Búrigo/A Tribuna

Dão dez cachorros que tem contribuído para o aumento da apreensão de drogas.

Com mais de 224 quilos de maconha, 13 quilos de cocaína e 11 quilos de crack retirados de circulação pela Polícia Militar até a última semana, somente em 2018, os números de apreensões de drogas bateram recorde no 9º Batalhão da PM de Criciúma. Muito disso por conta do trabalho exemplar que vem sendo realizado pelo Canil (K9) do município que, inclusive, está se tornando referência na área para toda Santa Catarina.

Conforme o comandante da Companhia de Patrulhamento Tático (CPT) do 9º BPM de Criciúma, tenente Giovanni Fagundes dos Santos, atualmente existem oito policiais e dez cães de quatro raças no Canil do batalhão, sendo cinco pastores alemães, três pastores belga, um labrador e um rottweiler.

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“Eles podem ser empregados na preservação da ordem pública e prevenção ao crime, com o cão dando uma ostensividade maior ao policiamento; na parte operacional, como guarda e proteção, busca e captura, ou para o faro que é o nosso carro-chefe; e um novo que está sendo preparado para atuação com explosivos”, elenca o comandante.

Operações coordenadas

Grande parte da atuação dos cachorros tem sido na parte de faro, o que contribui consideravelmente na apreensão de entorpecentes e consequente prisão de traficantes. Para o tenente Giovanni, a quebra dos recordes do ano neste quesito muito se deve ao trabalho integrado entre policiais e animais.

“Temos utilizado bastante operações coordenadas, com várias frações de tropa recebendo informações de diversos lugares, como da comunidade, da Agência de Inteligência e de viaturas de radiopatrulhamento, assim como das próprias guarnições da CPT, que unidas fazem esse trabalho de sucesso. Por isso a importância, nestes casos, de o nosso policial estar bem treinado e motivado, porque é ele que dá o direcionamento para o cão, por meio do treinamento e interpretação dos comandos”, explica.

Treinamento humanizado

Atualmente, os cães não são mais treinados por meio da força, e sim pelo método motivacional. De acordo com o soldado do Canil, Rodrigo Cardoso de Souza, seguindo uma escala de serviço, a cada dois dias os policiais trabalham com os cachorros, em um treinamento que pode durar de um a dois anos, dependendo da quantidade de funções para as quais o animal precisar ser preparado.

No entanto, antes de chegar ao batalhão, os animais passam por uma seleção, uma vez que é preciso seguir alguns princípios na escolha do filhote. “Hoje usamos sempre o alfa da linhada, porque vai ser o cão com mais coragem, mais agressivo e com instinto de guarda mais apurado. Porém, ele também precisa gostar de ração e brinquedos, uma vez que serão os dois objetos utilizados no adestramento”, conta.

Com isso, gradativamente, depois que o treinamento é iniciado, os cães começam a ser adestrados para a função mais adequada que o for determinada. “Depois de treinados, vamos mantendo esse adestramento e o animal fica conosco em torno de oito anos, para então ser encaminhado para algum cidadão que tenha interesse e condições de adotar e cuidar”, completa o soldado.

Atuação com explosivos

Um dos cachorros que vive no Canil atualmente, um pastor alemão batizado de Argus, está sendo treinado para atuar exclusivamente em ocorrências com explosivos que sejam registradas na região. “O adestramento está em fase de término e, com isso, dependerá apenas da certificação junto ao Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE)”, finaliza o comandante da CPT.

Francine Ferreira


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