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Das quadras para comissão: ex-atletas do vôlei de Forquilhinha se destacam como técnicas

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As ex-atletas Thainá Ribeiro e Kaylane Bonfanti atuam com os times femininos e masculinos, respectivamente.

Duas pessoas apaixonadas por vôlei, que atuaram como jogadoras, foram vencedoras e seguiram além, hoje ensinando o esporte para crianças e adolescentes. É assim que podemos resumir a vida das técnicas do vôlei de Forquilhinha/Associação de Pais e Amigos do Vôlei de Forquilhinha (APAV), Thainá Ribeiro e Kaylane Bonfanti.

Kaylane Bonfanti, de 20 anos, iniciou no vôlei de Forquilhinha ainda criança, aos 9 anos. “Meu pai sempre gostou de esporte, praticava futebol e vôlei e me levava com ele. Assim, comecei a me apaixonar por vôlei e iniciei na escolinha com o técnico Jean Bonetti. Após alguns meses treinando, comecei a me destacar e iniciei as competições como levantadora, posição que atuo até hoje”, conta.

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Natural de Forquilhinha, Kaylane tem títulos importantes pelo time da cidade. “Conquistei regionais da Olimpíada Estudantil Catarinense (Olesc), da Liga Voleibol de Santa Catarina e já fui eleita melhor levantadora das categorias mirim e adulto da Liga. Disputei também a Taça Paraná, maior competição de base do Sul do Brasil, por times como Jaraguá do Sul e São João, e em ambos trouxe medalhas para casa”, recorda.

Segundo Kaylane, o vôlei a tirou da zona de conforto e ajudou a lidar com a ansiedade. “O voleibol sempre foi meu refúgio. Era dentro da quadra que eu me sentia bem e esquecia de qualquer tipo de problema e me afastava da ansiedade. Ainda jogo voleibol, mas hoje na categoria adulto e por outros clube”, comenta.

Nos dias atuais, a levantadora é técnica de 211 atletas entre meninos e meninas. “Estou diariamente com atletas da escolinha, inclusão e competição, de 9 a 16 anos. É bem diferente você ser técnica, porque você faz parte de um processo que o atleta não passa, como planejamento de treinos, decisões sobre qual time joga e, claro, ainda temos que lidar com situações fora de quadra, porque técnico também lida com as questões individuais de cada atleta”, observa.

O principal objetivo de Kaylane como técnica é repassar seu conhecimento adquirido no próprio vôlei de Forquilhinha. “Sempre quis trabalhar com o que eu gostava e nada melhor do que trabalhar com o vôlei. É muito difícil estar fora da quadra, precisando tomar as decisões. Adquiri experiência ao longo da minha vida nos campeonatos e agora tento repassar aos atletas”, garante.

Kaylane esteve em novembro com o time Sub-16 masculino na Taça Paraná e falou da experiência. “Atuei na competição como atleta e depois como técnica. Há uma diferença enorme. É uma experiência incrível e consegui ajudar os atletas nesta competição, que é a maior de base do Sul do Brasil. Forquilhinha terminou em 5º lugar da Série Prata”, afirma.

A técnica destaca que a maior dificuldade que enfrenta hoje ao ser treinadora é com a tecnologia. “A tecnologia acaba muitas vezes afetando a parte motora do atleta e precisamos trabalhar muito isso. Com conversa e atividades específicas, conseguimos”, comenta.

Kaylane é uma das responsáveis pelo voleibol masculino de Forquilhinha. “Espero que eles consigam alcançar seus objetivos. É um projeto novo de pouco mais de um ano e já temos bons resultados como o 2º lugar da Série Prata do Campeonato Estadual deste ano, vice-campeão da Série Ouro da categoria Sub-16 da Liga Voleibol de Santa Catarina e campeão da Copa Sub-14 da Liga Voleibol. Vamos continuar buscando evoluir e ensinar técnicas do voleibol para nossos atletas”, pontua. Kaylane é estudante de Nutrição e Educação Física.

Thainá Ribeiro é técnica dos times femininos

Thainá Ribeiro, de 24 anos, também fez parte do vôlei de Forquilhinha como atleta. Ela atuava como ponteira e hoje ensina a modalidade para as atletas como técnica. “É muito gratificante ser técnica de voleibol. Sempre foi meu sonho quando estava no ensino fundamental. É realmente a realização do meu sonho”, afirma.

Thainá ressalta que muitas pessoas acreditam que ser técnica de vôlei é tarefa fácil. “Muita gente acha que não é um trabalho, que ser técnico é um hobby, mas isso não é verdade. Trabalhamos muito, treinamos muito as atletas e temos inúmeras repetições até uma atleta conseguir um fundamento, se tornando muito gratificante acompanhar a evolução de cada atleta’’ ressalta.

Natural de Forquilhinha, Thainá iniciou no vôlei por influência das amigas de escola. “Comecei a treinar aqui em Forquilhinha com a professora Cinara e depois iniciei com o técnico Jean Bonetti. Comecei treinando como central, depois virei ponteira e me tornei capitã do time”, relembra.

Assim como Kaylane, Thainá também trouxe muitos troféus para a galeria de Forquilhinha. “Fui campeã iniciante, mirim, infantil, infanto e adulto da Liga Voleibol de Santa Catarina, conquistei o terceiro lugar no Estadual em 2011 e participei da Taça Paraná em 2012 e 2015, Campeonatos no Rio Grande do Sul e coleciona seis troféus de Atleta Destaque da Liga Voleibol entre outros títulos”, destaca.

Atualmente, Thainá trabalha com as equipes Sub-13 e Sub-14. “Neste ano, fomos campeões da Série Prata da Liga. Conquistei títulos como atleta e estou tendo o privilégio de ser campeã como técnica”, observa.

Para Thainá é uma experiência única atuar como treinadora. “Ver as atletas em quadra é relembrar o meu tempo como atleta. Acabo muitas vezes me colocando no lugar delas e me traz saudades. Ao mesmo tempo, consigo passar minha experiência para elas”, reforça.

Formada em Educação Física, Thainá garante que realizou um sonho de infância ao se tornar técnica de voleibol. “Passei em terceiro lugar no vestibular e minha meta sempre foi ser técnica. Realizei esse sonho”, explica. “É mais difícil ser técnica do que atleta. Como técnica você precisa tomar decisões, ler melhor o jogo e entender as atletas. Mas é gratificante ver o sorriso, a evolução e as conquistas das equipes que você treina”, acrescenta.

O técnico Jean Bonetti treinou as duas e ressalta a importância delas para o vôlei de Forquilhinha. “A Kaylane e a Thainá foram minhas atletas e conquistaram vários títulos para o voleibol de Forquilhinha. Anos depois, elas se tornaram minhas colegas de trabalho e discutem voleibol diariamente comigo. Ter as duas como profissionais e vivendo do voleibol dá ainda mais sentido ao projeto e mostra que estamos no caminho certo”, pontua. Atualmente, o vôlei de Forquilhinha conta com mais de 550 crianças e adolescentes.

Redação – Rafaela Custódio


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