Wilciney Villan (CRA-SC 26.947)
Mestre em Desenvolvimento Socioeconômico, Administrador e professor universitário
Sócio na Strategyinc (Strategy, Innovation and Competitiveness Consulting Business) – @neyvillan
Há tempos venho reforçando a hipótese que a área de Recursos Humanos (RH) deve ser “extinta” das organizações. Contudo venho refutando esta hipótese parcialmente. Penso que a área de RH é um apoio estratégico para as lideranças.
Quem resolve conflitos, comunica uma demissão, seleciona pessoas, identifica necessidades de treinamento, promove, comunica aumento de salário, atrai, retém e administra pessoas é o líder. São as pessoas que movem uma organização logo, devem ser valorizados, assim, gestores e RH devem trabalhar em conjunto, cada um desempenhando seu papel adequadamente.
Líderes devem gostar de gente, caso contrário caberá ao RH impor a pauta “gestão de pessoas” na agenda da liderança. Cabe à liderança ser o verdadeiro gestor de gente. Há de se formar pessoas dentro das organizações para serem líderes, para não ocorrer o efeito manada, no qual o líder pula do precipício e todos os seguidores pulam junto, pensando ser a melhor alternativa. Na empresa em que todos possuem espírito de liderança há revezamento de líderes. Assim, cada um fica responsável por levar a equipe a partes de seu destino, trocando de papel quando necessário. Ora sendo líder, ora seguidor.
Gerir gente é gerir recursos. Há de se gerenciá-la para que a estratégia organizacional seja implementada. O foco dos gestores de RH são os recursos humanos e não a área de recursos humanos, assim, o RH deve participar ativamente no desenvolvimento do plano estratégico empresarial.
Atrair pessoas é tarefa do líder, com apoio do RH. Eles devem convencer os candidatos que seu perfil é compatível com as funções que ele exercerá na organização. Todavia, a retenção destas pessoas está apoiada em políticas de gestão.
Já o desenvolvimento de pessoal é a peça fundamental para garantir a sustentabilidade da empresa, pois é por meio do desenvolvimento que deve ser trabalhada a gestão do conhecimento e transferência de experiências. O líder, em conjunto com seus subordinados, devem reconhecer a necessidade de complementar conhecimentos, habilidades e competências. Logo os programas de treinamento e desenvolvimento devem estar alinhados à estratégia da empresa. É neste momento que o RH assume posição estratégica.
“O RH estabelece as políticas e os procedimentos a serem observados pelos gestores e assegura que sejam seguidos, atua como seu conselheiro e garante que as pessoas sejam tratadas com dignidade” (Bichuetti, 2015).
Referência
BICHUETTI, J. L. Gestão de pessoas não é com o RH! 2015. Disponível aqui. Acesso em: 16 março 2018.