Nos extensos campos da Serra Catarinense, a natureza encontrou o espaço ideal para espalhar araucárias, símbolo da paisagem típica e de um ciclo econômico que transformou a região em um polo de desenvolvimento e geração de renda, na década de 1950. A exploração, até então, extrativista, foi esgotando matéria-prima e espaço no mercado, dando lugar, entre outras alternativas econômicas, ao reflorestamento e à atividade industrial de transformação da madeira.
Responsável por movimentar R$ 6,5 bilhões de Valor Bruto da Produção Industrial (VBPI) de Santa Catarina, o setor de Celulose e Papel é uma das vocações econômicas mais importantes da Serra Catarinense. Em Santa Catarina é o 8º em exportações e o 10º em geração de empregos, com mais de 20,2 mil vagas, segundo dados de 2015, divulgados pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc).
Os municípios de Lages e Otacílio Costa juntos representam cerca de 47% das exportações do setor de Celulose e Papel, com destaque para as vendas dos produtos de papel kraft, não revestidos e recipientes de papel. Resultado das relações comerciais, especialmente com a Argentina, Equador, México e Paraguai, em 2015, o município de Lages movimentou cerca de US$ 37 milhões e Otacílio Costa aproximadamente US$ 74 milhões.
Embora a grande maioria dos associados produzam o chamado papel Kraft, para caixas de papelão que são fornecidas diretamente aos fabricantes, um outro item produzido pelo setor é básico para os consumidores catarinenses: o papel higiênico. Diretores de parques industriais em polos do Celulose e Papel, como na cidade de Canoinhas, no Planalto Norte, acreditam que a campanha vai ajudar a fortalecer a marca em Santa Catarina.
Compre de SC traz novo estímulo ao setor
Estimular o consumo interno, por meio do movimento Compre de SC, traz um novo vigor para os negócios e estimula a criatividade. A secretária executiva do Sindicato das Indústrias de Celulose e Papel de Santa Catarina (Sinpesc), com sede em Lages, Neuza Moreira Franco, garante que a própria instituição vai compartilhar a ideia da campanha com clientes e associados. “A partir de agora, todas as nossas correspondências serão enviadas com o selo da campanha no rodapé. Vamos apoiar e fazer chegar ao maior número de pessoas, a essência dessa campanha”, explica.
Para Neuza, além da qualidade, da segurança já reconhecidas no setor produtivo catarinense, é uma questão de conscientização. “O consumidor precisa conhecer a origem e, principalmente o impacto social que está gerando ao dar preferência para um produto fabricado em Santa Catarina”, ressalta ao afirmar que este gesto contribui com a geração de empregos, estimula a economia local e aumenta a arrecadação de Impostos. “Isso volta pra gente depois, em mais qualidade de vida em nossos municípios e em nossas comunidades”, observa.