As prefeituras catarinenses têm 30 dias, a partir da terça-feira, 5, para questionar os números provisórios do Índice de Participação dos Municípios (IPM) que serão repassados em 2019. As projeções, publicadas pela Secretaria da Fazenda de Santa Catarina (SEF) no Diário Oficial, levam em conta o movimento econômico de cada cidade em 2016 e 2017. Os dados estão disponíveis aqui, a partir da página 148.
O ranking dos maiores IPMs não mudou: Joinville, Blumenau e Itajaí continuam na liderança. Enquanto as duas primeiras diminuem o índice, Itajaí aumenta participação nos repasses que serão realizados ao longo de 2019.
Os municípios podem impugnar os índices via internet dentro dos próximos trinta dias. Os pedidos serão analisados e julgados entre julho e agosto. Caso não concordem com a decisão, os administradores municipais ainda têm a alternativa de recorrer ao colegiado, do qual participam dois representantes das prefeituras e dois da SEF.
“O processo de impugnação e recurso está estruturado de forma a proporcionar amplo direito de contestação, manifestação e defesa das prefeituras” afirma o Secretário da Fazenda Paulo Eli.
O IPM definitivo que será aplicado ao longo de 2019 deve ser publicado no início de dezembro.
Maiores Índices (IPMs)
- Joinville, apesar de outra queda, continua sendo o município com maior índice do Estado, com 8,35%. O decréscimo de 3,0% projetado para 2019 representa cerca de R$ 12 milhões a menos nos cofres da Prefeitura no ano que vem.
- Itajaí tem o segundo maior IPM (7,55%), recuperou participação (incremento de 4,3%). As projeções mostram que o município deve receber cerca de R$ 15 milhões a mais em 2019.
- Blumenau aparece em terceiro entre os maiores IPMs do Estado, com participação de 4,72 % (queda de 2,0%). O impacto é de menos R$ 4,7 milhões para o próximo ano.
Maiores crescimentos do IPM
- Araquari teve novamente o maior incremento no índice (25%), passando dos atuais 0,90% para 1,13% – efeito BMW e Hyosung. Serão cerca de R$ 11 milhões a mais no caixa do município em 2019.
- Navegantes teve o segundo maior crescimento (15,8%). O número é atribuído ao desempenho de estaleiro e de indústria da pesca. Confirmados os índices, serão R$ 6,6 milhões a mais nos cofres do município em 2019.
- Em terceiro lugar, com crescimento de 14,9%, está Ponte Alta do Norte (R$ 718 mil a mais em 2019). O número é atribuído a extração florestal.
Maiores quedas
- Porto Belo teve a maior queda (16,3%), com previsão de receber R$ 1,5 milhão a menos em 2019. A queda é consequência da redução da atividade de uma indústria pesqueira.
- Piratuba teve queda de 15,3% (R$ 2,2 milhões a menos em 2019). O resultado é atribuído a redução de faturamento das empresas geradoras de energia elétrica.
- Araranguá teve queda de 14,4% (R$ 3,4 milhões a menos em 2019). O reflexo é atribuído à redução de margem praticada nas operações com fumo.
Como é feita a partilha do ICMS
Do total de ICMS arrecadado pelo Estado, 25% são partilhados com as prefeituras. Deste montante, 15% são distribuídos igualmente dividindo-se o valor entre o número total de municípios. Os 85% restantes são partilhados de acordo com o movimento econômico de cada cidade. A soma dos dois percentuais (15%/295 + proporcionalidade do Valor Adicionado x 85%) resulta no IPM.