Wilciney Villan – CRA-SC 26.947
Mestre em desenvolvimento socioeconômico, administrador e professor universitário
Sócio na Strategyinc – Strategy, Innovation and Competitiveness Consulting Business
As mudanças ambientais não permitem mais que as receitas tradicionais produzam os resultados desejados. Em época de quarta revolução industrial a tecnologia já não é fator de diferenciação e o recurso financeiro desejado para investimentos é escasso. Deste modo, como é possível manter a cultura de melhoria constante, inovação e geração de resultados que garantirão a sobrevivência nos próximos anos?
Se o dever de casa foi feito, ou seja, se a empresa possui um plano estratégico com missão, visão, objetivos, indicadores e metas bem estabelecidos, então o sucesso da organização está atrelado à capacidade das pessoas que atuam na empresa de atingir as metas.
O desenvolvimento de uma empresa depende de pessoas. Uma empresa é formada por pessoas. De nada adianta grandes montantes financeiros, estrutura, tecnologia se não houver pessoas para utilizar estes recursos. São as pessoas que ditam o sucesso ou o fracasso das organizações.
Se as pessoas são a chave para o sucesso, o gestor deve conhecer quais os conhecimentos e habilidades que as pessoas devem possuir para realizar determinadas atividades. Além de esclarecer esta questão, o gestor deve saber se as pessoas que realizarão estas atividades possuem atitudes para este feito. Se elas desejam realizar estas atividades.
Perceba que as pessoas necessitam ter conhecimento para realizar suas atividades. Sem conhecimento a pessoa não se desenvolve e não atinge os objetivos. Elas precisam saber o que precisa ser feito. Metas e objetivos devem ser divulgados por toda a empresa, criando assim uma atmosfera desafiadora, de superação diária.
A cultura brasileira é voltada para a ação e nem tanto para o planejamento, assim, o resultado, muitas vezes, é o fracasso, pois as metas não foram alcançadas. Mas também é verdade que esse impulso por ação pode gerar frustrações porque as pessoas não sabem fazer o que precisa ser feito. Logo, é preciso desenvolver conhecimento para que novas metas e objetivos sejam alcançados.
Um exemplo disso é de uma aluna que precisava fazer um trabalho para a faculdade num final de semana e entregar ao professor na segunda feira. Ao se deparar com a quantidade de coisas que precisava fazer, e pelo tanto de informações necessárias e que não possuía, estava desistindo de fazer o trabalho. Logo perderia o semestre na faculdade e atrasaria sua formatura. Avaliei o trabalho, e consciente das capacidades da aluna, lancei o desafio: Nesta tarde de sábado faremos o trabalho.
Sua maior reclamação era que estava com um problemão para resolver. E, de fato, estava, pois ela precisava alcançar um resultado diferente do que aquele que ela já possuía.
Ao final do dia finalizamos o trabalho. Ela precisou coletar as informações que necessitava e aprender a fazer o trabalho. Ela teve um esforço de alcançar o objetivo, logo teve um esforço de aprendizado. Por fim, percebeu que é capaz de realizar mais coisas do que pensava, pois o desafio gerou motivação. O desafio a tirou de sua zona de conforto.
Como complemento, as habilidades das pessoas também devem ser avaliadas pelo gestor. De nada adianta uma tarefa ter um responsável se este não possui habilidades para desempenhá-la. É preciso desenvolve-las.
Saber o que deve ser feito e saber como fazer são catalisadores da ansiedade. Deste modo o trabalho só será malfeito se as pessoas não quiserem desempenhá-lo. Querer fazer uma atividade está relacionado com a premiação que a pessoa receberá por ter completado sua atividade. É função do líder entender as motivações de cada um e orquestrar os objetivos pessoais com os objetivos da empresa e assim alcançar os resultados.
Conhecer os objetivos organizacionais, pessoais, conhecimentos necessários para realizar uma tarefa, habilidades e atitude é responsabilidade do líder. Deste modo metas realistas podem ser estipuladas. Esforços de aprendizados são observados e como consequência, desenvolvimento pessoal e organizacional são percebidos.