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Safra catarinense de milho terá redução de 20,4%

Milho

Nova estimativa prevê redução de 20,4% na safra catarinense de milho grão. A combinação de estiagem e redução da área plantada trará uma queda na produção e a colheita deve fechar em 2,4 milhões de toneladas em 2018. Os números foram divulgados nesta quinta-feira, 15, no Boletim Agropecuário do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa).

Os períodos de estiagem, principalmente em setembro e dezembro de 2017, comprometeram a produtividade das lavouras de milho catarinenses. Se na última safra os produtores colheram em média 8,6 toneladas/hectare, este ano o número deve ficar em 8 toneladas/hectare, uma queda de 7,14%.

A área plantada para o milho grão também será menor este ano, serão 310 mil hectares (14,3% a menos do que na última safra). Os principais concorrentes do milho grão são o milho silagem e a soja, que vêm ganhando cada vez mais espaço no meio rural.

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Esses dois fatores fazem com que as projeções para a safra 2017/18 de milho não sejam otimistas. Com 643 mil toneladas a menos de milho grão, Santa Catarina pensa em alternativas para suprir as cadeias produtivas de carnes. Segundo o secretário da Agricultura e da Pesca, Moacir Sopelsa, uma das opções é criar uma rota para que o milho venha do Paraguai, com preços mais competitivos do que aquele vindo do Centro Oeste brasileiro.

A colheita menor tem impacto direto no setor produtivo de carnes em Santa Catarina. Como maior produtor nacional de suínos e segundo maior produtor de aves, o estado consome em média seis milhões de toneladas de milho todos os anos.

O acompanhamento de safra tem como referência a situação da colheita em fevereiro.

Panorama Regional

Região Oeste

Nas regiões de Chapecó, Xanxerê e Concordia, até o dia 15 de fevereiro mais de 90% das lavouras se encontram em fase de maturação final e em torno de 10% da área plantada está colhida. Os relatos indicam uma safra normal que, devido as irregularidade das chuvas em alguns períodos (setembro e início de dezembro 2017), não deverá repetir os excelentes resultados da safra anterior.

Regiões de Joaçaba, Campos Novos, Curitibanos, Caçador

Nestas regiões, em função da ocorrência de período sem chuvas em setembro e na primeira quinzena de dezembro/17, as estimativas são de redução de rendimento entre 10 e 15%.

Campos de Lages

As condições normais de umidade do solo sugerem safra com bom rendimento.

Região Norte

As lavouras nesta região estão com bom desenvolvimento e deverão apresentar bom potencial produtivo.

Alto Vale o Itajaí

Até o momento 45% das lavouras estão colhidas, o rendimento médio é de 7 toneladas por hectare.

Francine Ferreira – Ana Ceron


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