Longe do Criciúma, Iago Maidana, Róger Guedes e Bruno Lopes começam a encaminhar suas carreiras. Os dois primeiros serão companheiros no Atlético Mineiro, enquanto o terceiro reencontrará Roberto Cavalo no Oeste, que disputa a Série A-2 do Paulistão, mas será adversário do Tigre na Série B do Campeonato Brasileiro.
O que eles têm em comum? Todos são da conceituada geração 1995/1996 do clube, que levou o título estadual sub-20 de 2013 e vice de 2014, além do tão lembrado vice da Copa do Brasil da categoria em 2013.
Aliás, na segunda partida da final nacional, Bruno, um ano mais velho (/95) e astro do time, foi titular, enquanto Maidana (/96) e Guedes (/96) estavam no banco. Pouco mais de um ano depois, estavam todos juntos no profissional ao lado de Barreto (/95) e Douglas Moreira (/96), outros dois da mesma geração.
Há quem deprecie a base do Criciúma, que diga que não forme ninguém, mas cá estamos falando de cinco exemplos, de uma mesma geração, que possuem um imenso caminho pela frente. Maidana e Guedes chegaram valorizados no Atlético Mineiro, enquanto Barreto e Douglas Moreira são titulares há mais de um ano e meio no Criciúma. Lopes está abaixo deles, até pela forma turbulenta em que deixou o Tigre e o fracasso na Europa, mas tentará retomar o bom futebol com o técnico que apostou nele em Santa Catarina.
Olhando mais fundo, ainda podemos garimpar o nome do zagueiro Nino (/97), grata revelação de 2017 no clube, assim como Lucas Bessa (/99), o precoce meio-campista que com 16 anos estava no sub-20 e agora, com 18, já foi puxado por Lisca para o time principal.
Se quisermos revirar o baú, aí vamos olhar Ezequiel (/93), hoje no Cruzeiro, o lateral Marlon (/97), emprestado ao Fluminense, o goleiro Bruno Brígido (/91), no Guarani, ou até mesmo o ítalo-brasileiro Éder Martins (/86), há mais de dez anos no futebol europeu.
A base é feita para formar jogadores comuns. Craques são raros, são dois ou três em meio à milhões. Portanto, falar que “o Criciúma não forma ninguém” é uma grande mentira. Para um clube do porte do Tigre, ver os atletas da geração 95/96 se colocar no mercado, alguns em equipes de peso, é, sim, constatar o sucesso de uma formação que rende frutos até hoje.