A doença pode provocar fraturas e lesões graves nos ossos.

Conhecida popularmente como uma doença feminina, a osteoporose também ataca homens na terceira idade. A patologia é caracterizada pela diminuição da massa óssea que ocorre com o envelhecimento, leva à redução da resistência e aumenta o risco de fraturas. “Quando essa perda alcança um nível a ponto de desorganizar a estrutura dos ossos, aumentando a sua fragilidade e o risco de fraturas, o diagnóstico é osteoporose”, explica o médico ortopedista e traumatologista de Chapecó Joaquim Reichmann.

É comum associar a doença às mulheres porque após a menopausa, o organismo deixa de produzir hormônios sexuais o que intensifica o processo de descalcificação e consequentemente, o enfraquecimento dos ossos. Por isso, a incidência é maior entre o sexo feminino. “A fragilização do osso pode se tornar tão grande que ele chega a se quebrar sozinho. Em alguns casos, o próprio peso do corpo provoca microfaturas, principalmente na coluna, causando fortes dores nas costas”, comenta Reichmann.

Mas os homens também podem sofrer com o problema e devem ficar atentos. A osteoporose geralmente não apresenta sintomas e pode evoluir progressivamente. Só no ano passado, o Ministério da Saúde registrou 7500 casos de internações hospitalares para tratamento de fraturas de fêmur em homens.

A patologia possui duas formas clássicas: a fisiológica ou primária e a secundária, geralmente causada por outras enfermidades. A osteoporose masculina frequentemente tem causas secundárias, como o uso de derivados da cortisona por mais de três meses, fumo, abuso do álcool e redução dos níveis de testosterona. Alguns casos também são atribuídos à falta de exposição ao sol que causa deficiência de vitamina D, à insuficiência renal ou hepática, baixa ingestão de cálcio e à redução dos níveis de estrogênio (hormônio feminino que os homens também sintetizam a partir da testosterona).

Para prevenir a doença o médico recomenda a ingestão de cálcio com alimentos ou suplementos. O leite e seus derivados (queijos e iogurtes) são as melhores fontes alimentares de cálcio e devem ser ingeridos diariamente. Também é recomendado evitar alguns hábitos como o fumo, bebidas alcoólicas e café.

Tratamento

O tratamento envolve mudanças no estilo de vida e medicamentos. Andar e fazer exercícios com pesos reduz o risco de quedas e fraturas em pessoas de idade avançada. Suplementos de cálcio e vitamina D são recomendados para manter a massa óssea especialmente em pessoas cuja dieta é pobre em leite e derivados. Medicamentos para aumentar a massa óssea devem ser receitados quando o resultado da desintometria cai na faixa da osteoporose. “A doença não tem cura, mas o tratamento estabiliza o quadro, evitando complicações e reduzindo o risco de fraturas”, finaliza Reichmann.

Francine Ferreira – MARCOS A. BEDIN