O desemprego vem caindo em Santa Catarina e a tendência é que continue assim nos próximos meses, principalmente em função das festas natalinas e da temporada de verão. A economia estadual está contratando mais do que demitindo pelo terceiro mês consecutivo, apontam os dados de setembro divulgados pelo Ministério do Trabalho. Com os 8 mil novos postos gerados no mês, já são 37,2 mil acumulados no ano.
“Muitas incertezas permanecem, mas a perspectiva de inflação e juros em patamares historicamente baixos traz um alento para a consolidação da atividade econômica e a consequente geração de novos postos de trabalho”, avalia o economista Paulo Zoldan, consultor da Diretoria de Planejamento Orçamentário da Fazenda (DIOR/SEF). A indústria da transformação, a mais afetada pela crise, é quem mais está contratando agora.
A expectativa é de que a taxa de desemprego, divulgada trimestralmente pelo IBGE, apresente nova queda em novembro, quando será publicado o resultado do 3º trimestre. Em Santa Catarina, ela chegou a 7,9% no 1º trimestre e depois caiu para 7,5% no 2º trimestre. Em 2014, essa taxa era de 2,7%. Embora alto, o desemprego em Santa Catarina ainda é o menor entre todos os estados brasileiros e está bem abaixo da média nacional, de 13%.
O economista Zoldan cita uma série de razões pelas quais o Estado tem sobrevivido à crise com a mais baixa taxa de desocupação, entre elas: diversidade da produção, capacitação da força de trabalho, cultura de empreendedorismo, grande participação das pequenas empresas na matriz produtiva e melhor equilíbrio das contas públicas em comparação aos demais Estados.
Os últimos dados da economia catarinense estão reunidos no Boletim de Indicadores Econômico-Fiscais de setembro de 2017, elaborado pela DIOR/SEF. Acesse aqui.