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Cardiologista do Hospital São José alerta sobre cuidados com a hipertensão

hipertensão

Para muitos, pressão alta pode até parecer bobagem, mas segundo especialistas, a pressão alta/ hipertensão, é um grande problema de saúde, que precisa ser cuidado e principalmente; as pessoas que sofrem com este tipo de problema, precisam estar regularmente sob os cuidados médicos. A Pressão Alta ou Hipertensão Arterial é o nome dado à condição clínica onde a pressão arterial é encontrada persistentemente acima de 140x90mmHg.

De acordo com o médico cardiologista do Hospital São José, Dr. André de Luca (CRM-SC11.807), o problema geralmente não possui uma causa específica, porém quase sempre é associado a distúrbios metabólicos, sendo agravada pela presença de outros fatores de risco, como dislipidemia (colesterol alto), obesidade abdominal, intolerância a glicose e diabetes melito.

“A hipertensão arterial é uma doença silenciosa, não tem sintomas específicos, portanto o seu diagnóstico inicial se faz através de medidas ocasionais da pressão arterial. A sobrecarga de pressão pode ao longo dos anos levar a um aumento da espessura e do tamanho do coração e isto por sua vez pode resultar em infarto agudo do miocárdio e/ou insuficiência cardíaca (coração inchado e fraco)” ressalta o cardiologista.

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O médico esclarece ainda, que quando uma pessoa apresenta momentos de pressão arterial acima de 140x90mmHg em uma medida eventual, é interessante que ela já faça uma série de medidas da pressão, sempre em situações de repouso, por pelo menos 10 dias, afim de aumentar a amostra de medidas da pressão e assim ajudar a confirmar ou descartar o diagnóstico de hipertensão. Esta avaliação final deverá ser feita por um médico da família, clínico geral, nefrologista ou cardiologista preferencialmente.

Os dados no Brasil nos levam a pensar com mais intensidade sobre o assunto; no país, a hipertensão arterial atinge 36 milhões de adultos, destes mais de 60% são idosos, o que acarreta direta ou indiretamente para 50% das mortes por doença cardiovascular. A hipertensão, junto com o Diabetes Mellito, as complicações (cardíacas, renais e cerebrais) trazem um significativo impacto na perda da produtividade do trabalho e da renda familiar. Em 2013 ocorreram 1.138.670 óbitos, 339.672 dos quais (29,8%) decorrentes de doença cardiovascular, a principal causa de morte no País.

Mesmo com dados alarmantes, a hipertensão pode ser controlada. “O tratamento da hipertensão envolve desde controle de estresse, redução de peso, redução na ingestão de sal, atividade física moderada e frequentemente o uso de medicamentos para o controle da pressão. Alguns dados norte-americanos de 2015 revelaram que a hipertensão arterial estava presente em 69% dos pacientes com primeiro episódio de infarto agudo do miocárdio, 77% de Acidente Vascular Cerebral (derrame) e 75% com Insuficiência Cardíaca.

A hipertensão arterial é responsável por 45% das mortes cardíacas e 51% das mortes decorrentes de acidente vascular cerebral. Portanto o controle adequado da pressão arterial, buscando-se uma pressão média em torno de 120×70 a 130x80mmHg, tem um enorme impacto na redução dessas taxas”, esclarece De Luca.

Apesar dos cuidados, a hipertensão não pode ser curada, por ser uma condição crônica. As medidas de mudança de estilo de vida como reeducação alimentar, perda de peso, redução de estresse e atividade física regular podem reduzir a quantidade de remédios para o controle da pressão arterial, além de comprovadamente reduzir a probabilidade de uma pessoa apresentar alguma das complicações já mencionadas acima.

Crianças também podem sofrer de hipertensão

Nas últimas duas décadas o porcentagem de crianças e adolescentes com diagnóstico de hipertensão arterial dobrou. Atualmente o índice de crianças e adolescentes em idade pediátrica com hipertensão é de 3% a 5%.

Nesta idade, porém, a causa da hipertensão arterial nesta idade pode ser ocasionada e associada a doenças dos rins, ou primária, atribuída a causas genéticas com influência ambiental e predomínio em adolescentes. A hipertensão arterial primária é mais prevalente em crianças e adolescentes com sobrepeso ou obesidade e história familiar de pressão alta. Atualmente, a hipertensão arterial primária parece ser a forma mais comum no adolescente, sendo seu diagnóstico, porém, de exclusão, devendo-se realizar a investigação de causas secundárias sempre que possível nessa população.

Francine Ferreira – Kátia Farias


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