Lideranças das comunidades atingidas relataram na Câmara de Forquilhinha o sofrimento vivenciado pelos moradores com a tragédia.
Os moradores da Cidade Alta e Sangão, Jailson da Silva Rosa e Gustavo Aléssio Duminelli, marcaram presença na Câmara de Forquilhinha nesta segunda-feira, dia 15, para relatar o sofrimento vivenciado pelos moradores com mais uma tragédia que foi a cheia do Rio Sangão. Segundo eles, o estrago provocado pelo ciclone que passou nos dias 9 e 10 de agosto é considerado o pior de todos.
“Era uma tragédia anunciada, nós falávamos sobre isso há muito tempo. Na semana passada, minha mãe perdeu tudo junto com vizinhos. Vocês não sabem o que é não ter nada dentro de casa e nem comida. Já passei por seis enchentes e sei o que é sentir na pele perder tudo. A situação foi pior que a de 1974”, desabafa Gustavo Aléssio Duminelli.
A comunidade solicita com urgência o desassoreamento do Rio Sangão. “No final de abril tivemos aqui na Câmara demonstrando a nossa preocupação, e o que temíamos aconteceu. Já passou da hora de fazer o desassoreamento desse rio e precisa ser rápido, não podemos mais esperar”, relata Jailson da Silva Rosa, acrescentando que machucou os dedos de tanto utilizar baldes para retirar a água de dentro de casa.
O vereador José Nardi (PSD) também teve problemas durante o ciclone. “Moro há 42 anos ao lado do rio, no bairro Nova York, e essa foi a pior cheia que vi do Rio Sangão. Não sei o que aconteceu que a água subiu tão rapidamente, tive que ajudar outras pessoas a saírem de casa. O Rio Sangão precisa ser limpo por completo”, declara.
Pós-tragédia
O presidente da Câmara disse que, após mais essa tragédia, o município aguarda um relatório sobre os rejeitos que há no rio para conseguir autorização do desassoreamento. “Essa Casa está com o olhar atento e cobrando junto com o Executivo, mas infelizmente dependemos de outros organismos para liberar qualquer intervenção no Rio Sangão. Com o laudo concluído, não vão poder negar esse trabalho por conta de tudo o que a comunidade está sofrendo”, ressalta Célio Elias (PT).
Todos os vereadores se solidarizam com as pessoas que perderam tudo pela força das águas. O volume de chuva foi superior a 150 milímetros em um período de 24 horas. Segundo os dados preliminares divulgados pela Defesa Civil de Forquilhinha, cerca de 500 pessoas foram atingidas, sendo 126 desabrigadas e encaminhadas para a Escola de Educação Básica José Aléssio e 338 desalojadas e que foram para casas de familiares.
Mais destaques da Sessão
Posse
O suplente Douglas Felisberto Tramontin (PL) assumiu vaga no Legislativo de Forquilhinha, no lugar do vereador Dinho Rampinelli (PL) que está de licença por 15 dias sem remuneração.
Projetos aprovados
PLE nº 59/2022 – Autoriza o chefe do Poder Executivo a repassar recursos financeiros ao CTG do Tio Chico e dá outras providências.
PLE nº 60/2022 – Altera a redação dos artigos 185 e 189, “b”, da Lei nº 2.227/2017, de 09 de março de 2017, e dá outras providências.
PLE nº 61/2022 – Altera a redação do artigo 2º e 3º, da Lei nº 2.011, de 23 de setembro de 2014, e artigo 21 da Lei 2.605, de 21 de junho de 2022 e dá outras providências.
PL nº 16/2022 – Passa a denominar-se ELMAR WESTRUP a atual Rua 194, no Bairro Santa Clara, Loteamento Copenhague. (Autoria: Felipe Dordete – PP)
PL nº 17/2022 – Passa a denominar-se Rua LAURECI HEERDT WESTRUP a atual Rua 195, no Bairro Santa Clara. (Autoria: Felipe Dordete – PP)
Indicações
103/2022 – Oferta do Auxílio-Óculos para as famílias de baixa renda do Município de Forquilhinha. (Marilda Casagrande – PP)
104/2022 – Construção de uma lombada física na Rua Luiz Prêmoli, em frente à casa n º222, no Bairro Santa Ana. (Célio Elias – PT)