Os frigoríficos é o setor que mais explora o trabalhador na linha de produção. Com a implantação da NR 36 as condições de trabalho em relação ao ritmo excessivo e as pausas melhoram. “No entanto, é necessário mantermos a fiscalização de forma permanente para que a Norma seja cumprida, de outra forma, eles ampliam o ritmo e alegam “problemas” nas máquinas”, criticou o presidente do Sindicato da Alimentação de Criciúma e Região, Célio Elias.
O sindicalista foi um dos debatedores sobre as doenças no trabalho no 1º Congresso Sul Catarinense de Saúde do Trabalhador realizado dia 20 de maio na Unesc. Integraram a mesa o Procurador do Trabalho, Sandro Sardá e o Médico do Trabalho, Roberto Ruiz, Célio enfatizou que se existe a Norma é porque as condições de trabalho no setor são inadequadas. “São muitos os absurdos cometidos pela empresa de Forquilhinha”.
“Destaco a triste realidade dos trabalhadores mutilados, lembrando como exemplo, uma trabalhadora que teve o bração amputado em 2011 (até hoje usa morfina para conter as dores) após vários anos de sofrimento e afastamento da empresa pelo intenso ritmo de trabalho” pontuou.
Sardá afirmou que as empresas continuam gerando as doenças com jornadas de trabalho intensas e se mantendo impune em todos os setores e que o judiciário não tem uma politica de valorização da vida e concede indenizações miseráveis chegando a R$ 7 mil, valor que mal dá para comprar os remédios.
Disse ser necessário “seguirmos em defesa da dignidade humana e do trabalhador”. O médico Ruiz, observou a postura dos peritos em não avaliarem o problema do segurando como doença do trabalho, dificultando a politica de saúde voltada para a prevenção das doenças. O Congresso reuniu estudantes, sindicalistas e demais pessoas voltadas a saúde do trabalhador.