Sendo o primeiro critério analisado pelos arquitetos, o aspecto influencia diretamente na disposição dos ambientes, além de trazer conforto térmico e lumínico.
Com as baixas temperaturas cada vez mais recorrentes, muitos sentem frio mesmo estando dentro de casa. Alguns chegam a “correr” atrás do sol durante o dia para se esquentar. Por isso, na hora de projetar uma residência, um dos critérios mais importantes utilizados pelos arquitetos é a incidência solar. Encontrando um equilíbrio para os dias quentes e frios, é possível trazer conforto térmico e lumínico para quem for utilizar os ambientes, além de influenciar na disposição dos cômodos e no paisagismo.
A orientação solar é a primeira condicionante para a definição do projeto. Por isso, contar com uma assessoria na hora de escolher o terreno faz grande diferença. Nesses casos, o arquiteto consegue analisar as opções disponíveis e orientar o cliente mostrando os pontos positivos e negativos de cada um. Ao ter esse direcionamento, conforme o arquiteto Mateus Michels, se encontra um lote que agrega no layout e, consequentemente, no resultado final.
O processo começa na hora de perceber como a direção solar incide no terreno. Desse modo, o profissional vai até o local que será utilizado para a construção e encontra a direção Norte. “A partir dessa informação, determinamos o nascer e pôr do sol, que, por sua vez, definirá a disposição de cada parte da casa. Os quartos, por exemplo, preferencialmente pegam a incidência da manhã, por ser menos intensa. Já as áreas de serviços e sociais ficam designadas para o período da tarde”, afirma Michels.
Conforto térmico e lumínico
Além de combater a umidade e proliferação de mofo, fungos e bactérias, a incidência solar também se mostra um fator a ser levado em consideração na parte de conforto lumínico e no paisagismo. Para deixar os ambientes mais claros, a incidência solar é utilizada na iluminação zenital – com rasgos no teto –, aproveitando a luz natural. Na hora de fazer o projeto de paisagismo, os raios solares também afetam na categoria de planta, que variam entre sombra, meia-sombra e pleno sol.
Trazer sustentabilidade às residências é um quesito cada vez mais solicitado pelos futuros moradores. Tendo isso em mente, os arquitetos conseguem projetar espaços específicos para as placas solares, formando um sistema eco eficiente. “Outra ideia está em utilizar os raios solares para trabalhar com luminárias. Em modelos desse tipo, uma ponta fica para o lado de fora captando luz e a parte interna acende como se fosse uma lâmpada por meio de fibra óptica”, explica o arquiteto.
Mais informações podem ser obtidas por meio das redes sociais, pelo @mateusmichelsarq, ou pelo site www.mateusmichelsarquitetura.
Redação – Catarina Bortolotto