Projeto foi realizado por alunos do curso de Engenharia Mecânica, com o apoio do mestrado em Engenharia Metalúrgica.
A Cruz Vermelha de Criciúma poderá dobrar a quantidade de fraldas geriátricas que produz atualmente para doações. Isso será possível porque a instituição recebeu uma segunda máquina para a fabricação de fraldas. A máquina estava inoperante e foi restaurada pelo curso de Engenharia Mecânica, com o apoio do mestrado em Engenharia Metalúrgica do Centro Universitário Satc – UniSatc.
O processo de restauração da máquina levou em torno de seis meses. Foi o tempo que os alunos levaram para fazer o desenvolvimento do projeto, fabricar novas peças, ajustar o tamanho e deixar a máquina em perfeitas condições de funcionamento. “Entramos em contato com a fábrica para ver como era a parte de automação da máquina e algumas coisas nós desenvolvemos a partir dos nossos conhecimentos mecânicos para deixar o sistema ainda mais resistente”, completa o professor de Manutenção, Processos de Fabricação e coordenador do mestrado, Anderson Daleffe.
A máquina vai ser utilizada no projeto Fábrica de Fraldas, que foi criado pela Cruz Vermelha em 2019. Com o apoio de doações, a instituição fabrica uma média de 4.100 fraldas geriátricas por mês, número que pode ser dobrado com a nova aquisição. Segundo o coordenador da Cruz Vermelha de Criciúma, Almir Fernandes, a ideia é ampliar o projeto para produzir fraldas infantis também, mas depende do apoio da sociedade.
“As fraldas são fabricadas por dois grupos de voluntários, que trabalham nas segundas e quintas-feiras. Com a nova máquina, podemos criar e treinar um terceiro grupo, mas dependemos de matéria-prima, que só conseguimos adquirir através de doações”, ressalta. Atualmente, 22 instituições filantrópicas da região são beneficiadas pelo projeto.
Conhecimento e solidariedade
Além do trabalho social, a restauração da máquina também proporcionou aos alunos novos conhecimentos e experiências. Segundo o coordenador do curso de Engenharia Mecânica, Luiz Carlos de Cesaro Cavaler, através desses projetos de extensão, os alunos têm a possibilidade de adquirir ainda mais prática nos conteúdos ensinados em sala de aula. “Um diferencial a mais que os alunos encontram no curso de Engenharia Mecânica”, destaca.
O projeto de restauração da máquina foi desenvolvido pelos alunos Hadrian Martins, Giordan de Souza e Márcio Afonso. O professor Douglas de Medeiros Deolindo, do curso de Engenharia Elétrica, auxiliou no processo de reparação e instalação do painel elétrico. A equipe está trabalhando, ainda, na restauração de uma terceira máquina, que deve ser disponibilizada para a Cruz Vermelha nos próximos meses.