Prazo para que trabalhos sejam finalizados em todos os bairros contemplados na primeira etapa é de dois anos.
Um mês após o início das obras de esgotamento sanitário no bairro Santa Ana, em Forquilhinha, 5% dos trabalhos já estão concluídos. A estimativa é da Casan e prefeitura da cidade, e espera-se que, em mais um mês e meio, no máximo dois meses, a parte do bairro já esteja finalizada.
Com investimento previsto de R$ 17,8 milhões, o sistema de coleta beneficiará sete mil moradores dos bairros Centro, Vila Lourdes, Santa Clara, Clarissas, Santa Ana e Santa Isabel, permitindo que 35% da cidade tenha cobertura e tratamento de esgoto. O prazo para que todo o trabalho seja finalizado é de dois anos.
De acordo com o secretário de Planejamento de Forquilhinha, Wálter Tiscoski, avaliações semanais tem sido feitas pela prefeitura, em parceria com a Casan e empresas Iguatemi e Elevação, responsáveis pelas obras. “Analisamos o desenvolvimento dos trabalhos e planejamos a semana seguinte. Até porque uma definição nós temos: o buraco que é aberto hoje, tem que ser fechado no mesmo dia”, ressalta.
O projeto prevê implantação de 34,3 quilômetros de redes coletoras, 3,3 quilômetros de emissários terrestres, cinco estações elevatórias de esgotos e 1.328 ligações domiciliares.
A tendência é que o próximo bairro a receber as obras seja a Santa Isabel. “A confirmação virá mais perto do fim dos trabalhos na Santa Ana, com a avaliação completa da nossa equipe técnica”, completa Tiscoski.
Aumento na conta de água
Uma das grandes preocupações dos forquilhinhenses é com o aumento na tarifa de água quando o sistema de esgotamento sanitário estiver em funcionamento.
O engenheiro da Casan de Criciúma, Luiz Alexandre da Rocha, que acompanha as obras, confirma que o impacto financeiro é o que mais costuma preocupar a população. “A rede coletora é um serviço a mais que a Casan oferece, então vai gerar um custo a mais. E esse acréscimo costuma ser de 100% do valor cobrado atualmente”, explica.
No entanto, o secretário de Planejamento de Forquilhinha garante que estudos serão feitos antes de um aumento ser estipulado. “O município terá uma agência reguladora para definir valores, o que será feito apenas depois da ligação das casas na rede coletora, ou seja, depois que toda a obra estiver finalizada”, argumenta.
Estação de Tratamento de Esgoto
Em relação a construção da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), Rocha afirma que o processo licitatório está quase finalizado. “O que pode atrasar o início da obra é o processo judicial em curso, dos moradores da comunidade de São Gabriel que não concordam com o local definido para instalação da ETE”, alega.