Encontro ocorreu nesta sexta-feira
A Comissão do Rio Mãe Luzia se reuniu na tarde desta sexta-feira (28/8) para discutir sobre as alternativas de tratamento do Rio. Durante a reunião, a comissão aprovou o início do projeto “Caracterização Física e Química do sedimento da calha do rio Mãe Luzia”, que já tem verba aprovada pela Promotoria Pública Federal.
O projeto tem o intuito de avaliar a existência de poluentes e contaminantes associados aos sedimentos de calha e da planície aluvial que possam afetar diretamente a qualidade da água do Rio Mãe Luzia. A presidente da comissão, Miriam da Conceição Martins, contou que o projeto está sendo desenvolvido pelo Ipaque e deve ser finalizado nos próximos meses.
Também foram discutidas ações sobre educação ambiental, reflorestamento e proteção de nascentes. Segundo o diretor do Iparque (Parque Científico e Tecnológico), Marcos Back, não existe um modelo no mundo para despoluir um rio que foi afetado por carvão. A iniciativa é inédita e para que ela ocorra de forma eficaz é preciso a participação sólida de todos os envolvidos.
A comissão aprovou para o mês de outubro um seminário, junto com o Comitê da Bacia do Rio Ararangua, sobre as ações de recuperação e revitalização do Rio Mãe Luzia.
A comissão é formada por representantes da Unesc e dos municípios de Forquilhinha, Maracajá, Siderópolis, Nova Veneza e Treviso. Do encontro também participou a pró-reitora de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão, Luciane Ceretta.
O trajeto do rio
O Mãe Luzia nasce no município de Treviso, passando, aproximadamente, nove quilômetros distantes do centro de Siderópolis, percorrendo as áreas centrais das cidades de Nova Veneza, Forquilhinha e Maracajá.
Quando se junta com o Rio Itoupava forma o maior rio da região sul-catarinense: o Rio Araranguá. O Mãe Luzia recebe afluentes de diversos rios menores. Pela margem direita, Pio, Manim, Jordão, Dondolo (ou Vargem), São Bento (Gurapari), Manoel Alves e Itoupava; pela margem esquerda, rios Dória, Ferreira, Morosini, Fiorita e Sangão.